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Documentário Caixa D’Água, Qui-Lombo é Esse? estreia e encanta público sergipano

Documentário Caixa D’Água, Qui-Lombo é Esse? estreia e encanta público sergipanoNa noite da última quarta-feira (26), ocorreu no Museu da Gente Sergipana, em Aracaju, a primeira edição do projeto ‘Cinema Para Todos’, que tem como objetivo difundir a produção audiovisual de Sergipe.

Dentre os cincos filmes lançados no auditório do museu, o mais esperado pelo público sergipano foi o documentário cultural ‘Caixa D’Água, Qui-lombo é Esse?’, elaborado pela diretora e roteirista Everlane Moraes.

Bastante aplaudido, o documentário importou-se em regastar a história do Bairro Getúlio Vargas, através da narrativa de antigos moradores descendentes de negros escravizados, enaltecendo então a importância da oralidade no processo de preservação da cultura afro-sergipana presente nesta região.

O Bairro Getúlio Vargas que antes era reconhecido como Maloca, situa-se no centro da capital sergipana, e foi fundado por seu José Andrelino, primeiro morador da comunidade.  Hoje a maloca é reconhecida como o segundo Quilombo Urbano do Brasil.

Para a Everlane Moraes, idealizadora do projeto, “como moradora do bairro, desde meus nove anos eu tinha essa ideia fixa em minha cabeça. Eu não sabia que esse trabalho de resgate histórico poderia virar um documentário audiovisual, e, como afro-sergipana eu dei bastante ênfase em conservar a oralidade como principal recurso do filme”, afirma.

Documentário Caixa D’Água, Qui-Lombo é Esse? estreia e encanta público sergipano                                                                     Everlane Moraes- Diretora e Roteirista do Filme.  

Além de preservar a cultura negra de Sergipe, o documentário poderá cumprir com a importante missão de criar uma rede entre outras comunidades que portam grande quantidade de negros ou negras e que ainda não foram reconhecidas como quilombolas. Seja na cidade ou no campo.

Para Tathy Meneses, apresentadora do programa Afexurê na rádio Aperipê FM, “o  filme arrebatou todas as almas, superou as expectativas, abasteceu nossa autoestima. Everlane inovou na maneira de se fazer um documentário, na forma como transformou vídeos em quadros. Nos enxergamos nos rostos, nas fotografias, nos personagens conhecidos ou não. Nos deliciamos com os relatos. Um marco pro audiovisual do estado e um presente pra história afro-sergipana, alega. 

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