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Em 1ª aparição pública, Papa Bento XVI diz que está renunciando “pelo bem da Igreja”

fddssssssNa audiência, o Pontífice recebe no Vaticano mais de 3.500 fiéis e peregrinos para a sua catequese e a saudação em várias línguas

O papa Bento XVI, em seus primeiros comentários públicos após ter anunciado que vai se tornar o primeiro papa a renunciar em vários séculos, disse nesta quarta-feira (13/02) que tomou a decisão “em plena liberdade, pelo bem da Igreja”.

Bento XVI, que tinha aparência cansada, agradeceu pelo amor e pelas orações, e pediu mais preces para si e para a igreja. O papa chegou às 10h44 locais (7h44 de Brasília) para a tradicional audiência geral das quartas-feiras, na Sala Paulo VI, e foi aplaudido de pé por fiéis de vários países.

Na audiência, o Pontífice recebe no Vaticano mais de 3.500 fiéis e peregrinos para a sua catequese e a saudação em várias línguas, entre as quais o português. O Papa também celebra hoje a Santa Missa de quarta-feira de cinzas, que abre o período da Quaresma.

Conservador

Bento XVI, ou Joseph Ratzinger, foi eleito para suceder João Paulo II, um dos pontífices mais populares da história. Ele foi escolhido em 19 de abril de 2005, quando tinha 78 anos, 20 anos mais idoso do que seu predecessor quando foi eleito.

O papado do conservador alemão foi marcado por algumas crises, com várias denúncias de abuso sexual de crianças e adolescentes e acobertamento por parte do clero católico em vários países, que abalou a igreja, por um discurso que desagradou aos muçulmanos e também por um escândalo envolvendo o vazamento de documentos privados por intermédio de seu mordomo pessoal, o chamado “VatiLeaks”, que revelou os bastidores da luta interna pelo poder na Santa Sé.

Os escândalos de pedofilia o levaram, em várias ocasiões, a expressar um pedido de perdão público às vítimas e parentes e a reconhecer, durante sua viagem a Portugal, em maio de 2010, que a maior perseguição que sofria a Igreja não vinha de seus “inimigos externos” e sim de seus “próprios pecados”. Na ocasião, ele prometeu que os culpados responderiam “ante Deus e a justiça ordinária” pelos crimes.

Como Papa, Bento XVI tomou medidas que confirmaram o seu perfil conservador, como autorizar a missa em latim, em setembro de 2007. Além disso, manteve a condenação do aborto, da manipulação genética, da eutanásia e do casamento gay.

* Com informações da France Presse e Reuters

Fonte: Opera Mundi

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