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Em ano eleitoral, 4ª edição do Março de Lutas promove debate sobre a participação política das mulheres negras

Março é mundialmente conhecido pelo marco de celebração do dia internacional da mulher, 8 de março. É também nesse mês, no dia 21, que se celebra o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial. Este ano, no dia 14 de março, completam-se 4 anos no brutal assassinato da ativista e parlamentar negra Marielle Franco, crime político ainda sem justiça. Estas datas são alguns dos marcos que fazem parte da agenda do Março de Lutas, ação de incidência política dos movimentos de Mulheres Negras Brasileiros, que este ano, em sua 4ª edição, traz para o centro do debate o tema “Promovendo a Participação Política e Enfrentando a Violência Política contra Mulheres Negras”.

O Março de Lutas é uma agenda coletiva para reafirmar a resistência negra no Brasil, visibilizar o protagonismo das mulheres negras brasileiras no compartilhamento de práticas e experiências de autonomia e liberdade da população negra, e viabilizar denúncias de enfrentamento ao racismo, sexismo e lesbitransfobia, que impactam a vida das pessoas negras, especialmente as mulheres.

A agenda foi criada pelo Odara – Instituto da Mulher Negra em 2019, e desde então é realizada pela Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB) e Rede de Mulheres Negras do Nordeste.

Para abrir a programação deste ano, será realizada a roda de conversa virtual “Mulheres Negras e Eleições: Conjuntura e Desafios”, no dia 3 de março, às 18h, com a presença da Pesquisadora e Integrante da Frente Nacional de Mandatas e Mandatos Coletivos; Luciana Lindenmeyer; da integrante da Madara de Coletiva Nossa Cara, de Fortaleza (CE), Lila Salu; da advogada e e Co-vereadora da Mandata Coletiva Pretas Por Salvador, Laina Crisóstomo; da Cientista Social e Senadora Suplente, Reginete Bispo; com mediação de Haldaci Regina, Presidenta do Instituto da Mulher Negra do Piauí, e integrante da coordenação da Rede de Mulheres Negras do Nordeste. O espaço tem por objetivo provocar as reflexões e estratégias do movimento de mulheres negras no Brasil para a mobilização rumo à eleição de mais mulheres negras em 2022.

Em 2022, a ação elucida mais uma vez a denúncia contra as violações de direitos humanos protagonizadas pelo Estado brasileiro, bem como, visa reforçar os debates sobre a importância da vida das mulheres negras no que diz respeito ao enfrentamento a violência doméstica, o feminicídio, o racismo religioso e a violência política.

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