Está em vigor em Petrolina, cidade do sertão de Pernambuco, a lei que vai aliviar o incômodo de muita gente que frequenta cinemas, teatros, igrejas e locais de convívio público. É que foi regulamentada a proibição de uso de aparelhos eletrônicos em estabelecimentos públicos e privados. A norma, sancionada pelo prefeito do município, Julio Lossio, irá coibir o barulho e interrupções que já geraram até campanha contra o uso, lideradas por atores famosos como Reynaldo Gianecchi e Antonio Fagundes.
Pode parecer rigorosa, mas a regulamentação relega aos estabelecimentos as regras e penalidades do uso dos aparelhos em suas dependências, baseadas na lei geral. No documento, consta também que o estabelecimento deve fixar cartazes informando a proibição e adotar medidas para conscientização de seus clientes.
“Leis como essa podem beneficiar os espaços celebrativos, os espaços de cultos”, defende o pároco Francisco Pereira Cavalcanti, que sofre com as interrupções em cerimônias sagradas para sua religião. O mesmo acontece nas escolas, que sem a cobertura regulamentar, criava mecanismos próprios para inibir o uso dos celulares e smartphones pelos alunos. “Me incomoda na sala de aula quando o celular toca e eu tenho que deixar de prestar atenção na professora”, contou a auxiliar administrativo, Ingrid Freire.
A funcionária pública, Raiane da Silva Brito, concorda com a medida e acredita que irá amenizar aborrecimentos. “Eu acho chato a pessoa ficar atendendo o telefone celular em velório, na sala de aula, em hospitais e na igreja é uma falta de respeito com Deus e com quem está participando da missa”, disse. Pelo visto, a regulamentação de autoria do vereador, Pérsio Antunes (PMDB), foi bem-vinda entre a população de Petrolina. O município criou o documento após reclamações da comunidade, por causa do uso indevido de telefones celulares e de equipamentos eletrônicos.
Salvador – Petrolina não está só nesta empreitada contra o uso de aparelhos sonoros em atividades públicas. Celulares e equipamentos eletrônicos estão proibidos nas salas de aula e em bibliotecas das escolas públicas e particulares em todo Pernambuco, de acordo com a lei estadual sancionada no mês de maio deste amo. A medida que oficializa uma prática já adotada pelas escolas. Já aqui em Salvador, também é proibido o uso desse aparelhos em locais públicos, como teatros, casas de espetáculos e apresentações artísticas, bibliotecas e eventos culturais, como palestras. Uma iniciativa tomada como senso geral na classe artística e representada pelo Projeto de Lei 8.091, de autoria da então vereadora Olívia Santana, aprovado em outubro de 2011 pelo prefeito em exercício, João Henrique.
Da Redação do Correio Nagô. Com informações do G1 Petrolina
