Um encontro de Economia Solidária, em Bom Jesus da Lapa, oeste da Bahia, reuniu mulheres indígenas de diferentes etnias com o tema “Mulheres indígenas gerando renda com economia sustentável e comércio justo, na ética do bem viver”. Realizado pelo Conselho Indigenista Missionário – Cimi Leste, com o apoio de Cáritas Alemã e da Diocese de Rotemburg, o encontro aconteceu entre os dias 28 e 30 de julho, promovendo oficinas de artesanato em cerâmica de barro e cestos, produção de sabonetes medicinais e confecção de biojoias e cocares. Toda a produção foi exposta e comercializada no centro da cidade, na “Feira da Economia Solidária do Comércio justo”.

Durante o evento, os participantes visitaram o Santuário de Bom Jesus da Lapa, onde aconteceu um ato simbólico contra o Projeto de Lei 490/2007 e o marco temporal que violam os direitos constitucionais ao território indígena. Dentre os participantes, o bispo da Diocese de Bom Jesus da Lapa, Dom João Cardoso, Domingos Andrades da Coordenação Colegiada do Cimi Regional Leste e a liderança indígena Valdinete Gendiba Tupinambá. Mulheres Indígenas Kiriri de Barreiras, Kiriri de Muquém,Tapuia e Potiguara do oeste da Bahia, Pataxó Hãhãhãe e Tupinambá do sul da Bahia, Pataxó do extremo sul da Bahia e Xacriabá do Norte de Minas também marcaram presença.

Para o Cimi Leste a atividade representa uma retomada gradual e cuidadosa do convívio com as comunidades indígenas para perceber e apontar caminhos de superação do momento pandêmico que ainda persiste. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maior população indígena da região Nordeste está na Bahia, que conta com 143 comunidades, em 33 municípios, com 22 etnias reconhecidas.