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Entrevista: jovem mostra realidade em morro carioca e vai parar em novela

Camila Queiroz
(camila.queiroz@redebahia.com.br )

Em 2010, agentes das polícias e das Forças Armadas ocuparam o Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, área em que atualmente estão instaladas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Nos bastidores do conflito, um jovem carioca ficou conhecido no Brasil por relatar, através do Twitter ‘Voz da comunidade’ ( @vozdacomunidade ), o passo a passo da operação realizada na comunidade.

Hoje, Renê Silva, de 18 anos, é consultor do programa Esquenta!, da Rede Globo, e, junto com outras cinco pessoas, faz parte do jornal ‘Voz da Comunidade’, uma agência de notícias especializada nas comunidades cariocas, composta pelo twitter e pelo site  www.vozdascomunidades.com.br . Em visita a Salvador, Renê Silva participou de eventos  que celebraram os sete anos do Instituto Mídia Étnica (IME) e conversou com o  iBahia

O jovem falou sobre as mudanças depois da ocupação, os pontos positivos e negativos da presença da polícia nas comunidades e da próxima novela da Rede Globo, ‘Salve Jorge’, da qual fará parte do elenco e cuja trama terá o complexo do Alemão como um dos cenários.

Entrevista: jovem mostra realidade em morro carioca e vai parar em novela

Renê Silva relatou a ocupação do Complexo do Alemão

iBahia – Qual foi a importância do twitter ‘Voz da comunidade’ durante a ocupação, em 2010, do Complexo do Alemão? 
Renê Silva –  Nessa época da ocupação do Complexo do Alemão, foi muito importante ter o twitter do ‘Voz da Comunidade’, porque era o principal meio de comunicação que as pessoas tinham para saber o que estava acontecendo naquela hora, quando tinha helicóptero sobrevoando, polícia entrando na rua “tal”, ônibus sendo queimado… As principais informações, as pessoas sabiam através deste twitter. O nosso twitter já existia há algum tempo, mas a gente não publicava nada. A gente começou a publicar depois desta época da ocupação.

iBahia – Como surgiu essa ideia? 
RS –  Na verdade, não foi nem uma ideia. O que aconteceu foi que a gente estava no twitter, na hora que estava começando a ocupação, e as pessoas começaram a perguntar pelo twitter “como está sendo a ocupação do Alemão?”, “O que é que está acontecendo?”, “fala para a

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