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Espanto geral: “Copa sem Acarajé”!

O mundo clama pela sustentabilidade! Será um jargão da moda?  Todo modismo parece fugaz, do jeito e da forma com que estão falando de sustentabilidade parece  também ser  mais um “jargão” sem veracidade e sem importância. Na verdade, não é, o que demonstra é um forte desconhecimentos sobre o assunto e também uma limitação do entendimento e da forma como praticar.

Fiquei espantada ontem, 04.10, ao ler a matéria “Copa sem acarajé” e logo refleti como uma atitude impensada e sem critério. Parti para fazer uma reflexão alinhada ao tema da sustentabilidade, e cheguei à conclusão que a temática da sustentabilidade foi passada ao largo desta decisão. Embora a reforma e construção das arenas de futebol estejam sendo pensadas de alguma forma sob esta ótica. Mas, ao mesmo tempo, vejo que a sustentabilidade  tem sido tratada como algo relacionado única e exclusivamente às questões de cunho ambiental como preservação das matas, florestas,  rios e etc. o que é  muito limitado. Uma vez que o próprio conceito da sustentabilidade já evoluiu e a sua prática tem demostrado que cuidar do meio ambiente sem cuidar do homem que faz parte dele, é ignorar o homem como parte deste ambiente  e uma parte extremamente importante na medida em que ele é o ator que pode preservar e/ou destruir a depender do entendimento dele em relação ao espaço onde ele vive, ao mundo e à própria existência humana.

Espanto geral: “Copa sem Acarajé”!

O princípio da sustentabilidade explora o desenvolvimento nas três dimensões: econômica, social e ambiental. Uma atitude como esta da FIFA em retirar a as baianas de acarajé da Fonte Nova, elimina a possibilidade de um determinado segmento da população de Salvador aumentar sua renda, gerar mais empregos e contribuir com o desenvolvimento econômico, social e ambiental deste grupo de profissionais. Econômico pelas razões obvias, um evento de grande, que atrairá um grande fluxo de pessoas e gerará muitos consumidores. Social por razões fortíssimas, as baianas de acarajé representam e vendem um produto que é um elemento muito forte da cultura local e ambiental por vários entendimentos também, estas profissionais são na maioria provenientes de uma religião

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