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EUA atuam para unir oposição e derrubar Chávez, mostra Wikileaks — Rede Brasil Atual – Portal de notícias de política, economia, trabalho, cidadania, ambiente, educação

Novos documentos vazados apontam para interferência de empresa de espionagem norte-americana nas eleições de 2012

São Paulo – Os Estados Unidos fizeram um esforço de
bastidores para unir a oposição venezuelana e tentar tirar Hugo Chávez do poder
nas eleições de outubro de 2012, revelam documentos vazados pelo site
Wikileaks. O site, criado pelo jornalista e ativista australiano Julian Assange
vazou mais de cinco milhões de telegramas da empresa de espionagem
norte-americana Stratfor.

A Stratfor alega prover informações para multinacionais com o desejo de
investir na Venezuela. Entretanto, a troca de telegramas mostra outro cenário:
a empresa trabalhou como uma agência de espionagem, com o objetivo de influenciar
a política do país sul-americano, criando condições adequadas para o aumento da
influência norte-americana.

Nos emails são mencionados encontros com vários nomes da
oposição venezuelana,como o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, o candidato
derrotado no pleito, Henrique Capriles, Leopoldo Lopez, e o analista político
direitista Rafael Poleo.

“Falei com Rafael Poleo poucos dias atrás”, diz uma fonte – segundo os
telegramas, seria um proeminente economista venezuelano.

Cobrindo o período de julho de 2004 a dezembro de 2011, vários telegramas
trazem conversas e informações sobre a política local. Um dos telegramas trata
especificamente da  campanha para as eleições presidenciais  de 2012. Nele,
a agência de espionagem fala de uma “revolução na Venezuela”: unir a oposição,
fazer a campanha eleitoral e chamar o povo a votar (o voto é facultativo no
país).

Ainda nesse telegrama, a Stratfor reconhece que seus
serviços são procurados por atores políticos e a ação se desenrola em dois
momentos: no primeiro instante, é feita uma análise da situação. Em um segundo
momento, é aplicado um plano de ação, denominado pela empresa de espionagem
como “missão”.

Há seguidas referências ao grupo sérvio CANVAS (Center for Applied Non Violent
Action and Strategies, na sigla em inglês). O grupo recomenda quais os passos a
serem tomados para derrubar Chávez, em um guia de “como fazer uma revolução”
dentro dos limites legais e, assim, levar a oposição ao poder.

“Quando alguém nos pede ajuda, como é no caso da Vene (Venezuela), fazemos a
pergunta ‘O que fazer?’, ou seja analisamos a situação (o documento de Word que
te enviei) e depois vem a “missão” (o que ainda precisa ser feito)

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