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Experimento cênico da Cia Fankama Obi reflete sobre feminino, natureza, cultura e ancestralidade

Nos dias 28 e 30 de novembro, o público poderá participar da performance “Identidade Feminina Brasil/Guiné, Ancestralidade e Decolonialidade”, na sede da Brava Companhia. O experimento cênico é a conclusão de um projeto de imersão guiado pela Cia Fankama Obi durante 10 meses. Nesse período, a companhia experimentou caminhos de fusão e transição de repertório da dança negra tradicional para a dança contemporânea, partindo de temas como “o feminino, a ancestralidade e o matriarcado” e “processos de decolonidade dos corpos negros em diáspora no eixo Brasil-Mali-Guiné”.

“O nome Fankama Obi é uma junção de palavras nos idiomas Malinké e Yorubá que significa “A força da semente sagrada”. A força dessa semente vem da capacidade de se adaptar, germinar, crescer, brotar, florir e propagar novas semeaduras. E para isso é preciso aprender a aprender, a juntar saberes, beber nas fontes, buscar o ancestral e resistir, sempre, a todas as intempéries”, apresenta-se o grupo. A Cia Fankama Obi é formada prioritariamente por mulheres, responsáveis pela criação coreográfica da obra.

Na performance, o público será provocado por uma experiência extra sensorial, vinda de ervas e frequências sonoras de diversos instrumentos percussivos e cantos enquanto os artistas contarão pela dança suas próprias histórias no palco. A trilha sonora será executada ao vivo, passando por diversos gêneros musicais: ritmos mandigues, árabes e brasileiros. 

O projeto recebeu apoio da 30ª edição do Fomento à Dança. “É um momento muito importante pro grupo e pra cena da dança negra em São Paulo, uma vez que poucos grupos de dança negra foram contemplados, até então, pelo Fomento à Dança. É de suma importância poder contar com recurso público para investir em um trabalho de pesquisa, criação e releituras de um grupo de periferia”.

Além das apresentações, serão lançados no YouTube bate-papos sobre o tema do projeto com Bruno Garcia, Vovó Cici de Oxalá, Luciane Ramos Silva e Salloma Salomão; cinco células cênicas, produzidas na segunda etapa do projeto; e uma websérie com 3 episódios que tratam-se de vídeos-manifestos com narração, depoimento e cenas em torno dos momentos que marcaram a pesquisa cênica da companhia.

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