Redação Correio Nagô – Até o dia 29 de novembro, o público tem a oportunidade de visitar e conhecer elementos da cultura africana através da I Exposição Internacional do Kiebé-Kiebé, em cartaz no Museu Afro-Brasileiro (Mafro) da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
A homenagem ao Congo (país de tradição bantu) é um reforço ao estreitamento de laços e cooperação cultural com o Brasil. O acervo pertencente ao Museu da Bacia do Congo está aberto à visitação de segunda a sexta, das 9h às 17h.
A exposição apresenta um conjunto de cerca de cem peças entre “figurinas”, estruturas com vestimenta de ráfia, instrumentos musicais e outros objetos. O material exposto permite ao povo brasileiro conhecer em parte suas possíveis raízes ancestrais.
A iniciativa promove o aprofundamento das relações de cooperação e amizade entre o Brasil e o Congo, segundo a coordenadora do Mafro Graça Teixeira. Esta exposição veio a Salvador através de uma ação conjunta de várias entidades, principalmente o Museu da Bacia do Congo, o Departamento de Cultura e Artes da presidência da República do Congo Brazzaville, a Embaixada do Brasil no Congo, e o escritório regional do Itamaraty em Salvador, a Secretaria de Assuntos Internacionais do Estado da Bahia, a Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, o Departamento de Museologia e a Assessoria Internacional da Ufba.
Pela primeira vez que o acervo sai do território africano e na visão da curadora da exposição Lydie Pongault, o Museu da Bacia do Congo vai além das fronteiras para mostrar o seu patrimônio. Ela define o momento como um começo para consolidar as relações e fazer mais intercâmbios.
Na atualidade, a manifestação possui fortes indicações de tombamento como patrimônio imaterial da UNESCO. Os baianos têm a oportunidade única de visitar, somar conhecimento e participar desse intercâmbio em seus últimos dias. De Salvador, o acervo segue para ser exposto em Cuba.