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Fafá Araújo traz referenciais da fotografia para Formação em Mídia Étnica

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A fotografia é uma técnica que nos permite registrar momentos especiais e transformá-los em recordações. Entretanto, esse campo ainda é um pouco restrito, e talvez um dos motivos seja pelo investimento alto da formação e dos equipamentos necessários. Esse processo vem sendo utilizado desde o ano de 1826, e desde então foi incluído em diferentes espaços como forma de documentação. Hoje em dia esse método foi aprimorado e se aliou à tecnologia, trazendo a possibilidade de construir fotos incríveis, com mais facilidade de edição e elaboração.

Quem sabe utilizar muito bem esses recursos é o fotógrafo Josafá Araújo ou simplesmente Fafá Araújo, formado em pedagogia pela UCSAL, que desenvolve atividades na área da educação de jovens e crianças na Cipó Comunicação Interativa, realizando um trabalho de inclusão e desenvolvimento por meio da comunicação. O pedagogo é um referencial de fotografia negra em Salvador e um dos poucos que possuímos. Ele utiliza sua arte de fotografar como forma de fortalecimento e valorização da sua raiz. Um exemplo é a exposição “Diáspora Revelada”, realizada em 2012 com as suas fotografias, que tratou de questões como ancestralidade, identidade e resistência.

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Recentemente Fafá, em parceria com Natália Cavalcante, André Frutuôso e a Katuka Africanidades montaram um ensaio chamado “Noivas Negras: Ressignificação e empoderamento estético”, provando que o casamento não precisa ser da forma tradicional, e que nossas mulheres negras também podem agrupar o seu sonho às referências africanas, em indumentárias, turbantes e joias nos seus matrimônios. Confira: http://www.oblogdanoivanegra.com.br/

No dia 24 de setembro, Fafá Araújo ministrou uma aula no curso de Comunicação e Relações Étnico Raciais, oferecido pelo Instituto Mídia Étnica (IME). Além de apresentar importantes referenciais negros na fotografia da África e da Diáspora, incluindo o Brasil, e a Bahia, ele compartilhou um acervo próprio e vasto de registros fotográficos, recheados de muitas histórias e gerando sentimentos variados a cada um que olhava a exposição e conhecia aqueles que utilizaram suas fotografias como forma de protesto ou de exaltação da diversidade africana.

Texto de Marcelo Nascimento, estagiário do Correio Nagô e um dos participantes da Formação em Mídia Étnica.


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