Com shows gratuitos de Bambeia, Romilson Pretão e Orisun Agbárà, o evento une samba, ancestralidade e gastronomia afro-baiana em uma grande homenagem à eterna Negra Ginga, no Largo Tereza Batista
No dia 15 de novembro, o Largo Tereza Batista, no Pelourinho, será palco de um grande evento celebrativo a trajetória e o legado de Aidil Moreira de Jesus, a eterna Negra Ginga — símbolo da culinária, da dança e da resistência das mulheres negras baianas em Salvador. A celebração denominada “Homenagem à Negra Ginga” vai reunir muito samba, ancestralidade e gastronomia afro-brasileira.

Para comemorar a vida desta grande mulher, que percorreu as ruas e ladeiras vão da Liberdade ao Pelourinho, estão confirmadas as seguintes atrações: Grupo Bambeia, Romilson Pretão | Partido Popular e Orisun Agbárà, com participações especiais de Gal do Beco, Fabrícia Amaral, Josiane Climaco e Tiagão. A entrada é GRATUITA e Negra Ginga, guardiã da culinária ancestral, irá vender Feijoada Tradicional Baiana, Feijoada Carioca e Dobradinha – toda a renda será revertida para a manutenção artística e subsistência de Ginga e família.
Nascida no bairro da Liberdade, Ginga destacou-se como quituteira/culinarista e dançarina, tornando-se uma das grandes referências da cultura afro-baiana em Salvador. Foi Rainha do Ilê Aiyê em 1984, coroada como Deusa do Ébano, integrou o Balé Folclórico da Bahia e o grupo de dança do SESC, sempre levando em seu corpo e tempero a força da ancestralidade.
Um legado que alimenta gerações
Vale lembrar que, desde 2009, a Negra Ginga realiza uma deliciosa e dançante feijoada pelas ruas do Centro Histórico, que reuniu familiares, amigos, artistas e admiradores em torno da fé, da comida e da cultura que ela tem semeado – Aloísio Menezes, Márcio Victor, Tonho Matéria, Alaíde do Feijão, Nélson Rufino, Ilê Ayê, Cortejo Afro, entre outros.
Esta homenagem a Negra Ginga é mais que um evento — é um ato de amor, memória e continuidade. Ela, que aprendeu a cozinhar com a mãe, fez da culinária um ato político e espiritual. Para sustentar a família, tem ocupado ruas e largos em festividades religiosas e profanas de Salvador, servindo suas iguarias — com destaque para a famosa feijoada a ser vendida no evento.
Mais que um prato, a feijoada é memória e legado: um gesto de fé, amor e continuidade que segue alimentando corpos e histórias. Ao homenagear Negra Ginga celebramos muitas mulheres negras que, com suas mãos e saberes, criam e transformam pratos como o acarajé, o feijão, a farofa, a moqueca e o sarapatel, em símbolos da resistência e da identidade afro-brasileira.
Samba, memória e cultura preta em movimento
Além de alimentar os caminhos, a Homenagem à Negra Ginga é um momento festivo com atrações musicais que afirmam o samba enquanto símbolo da alegria e resistência do povo preto brasileiro, principalmente, baiano. Na programação, o Grupo Bambeia, liderado por Rogério Bambeia, o “sacerdote do samba”, traz um repertório que mantém viva a tradição afro-baiana.

Reconhecido por transformar o palco em terreiro e o tambor em palavra, o grupo Orisun Agbárà traz ao palco um espetáculo de pura ancestralidade, em que corpo, canto e fé se unem em uma sonoridade que atravessa o samba de terreiro, o ijexá e os ritmos da diáspora africana. Com autenticidade e força performática, o Orisun Agbárà promete um show de axé, reverência e conexão com as raízes que alimentam o samba.

Completando a grade, o sambista Romilson Pretão – cantor que por muitos anos esteve à frente do grupo Partido Popular há 30 anos integra a ala de canto do Bloco Alvorada – apresenta um show cheio de axé e emoção, reafirmando a potência do samba enquanto expressão de identidade e pertencimento. Além das atrações acima, o evento conta com a participação especial dos sambistas Fabrícia Amaral (Grupo Movimento), Josiane Climaco (Terreiro da Preta) e Thiagão (Pagode do Thiago).
A feijoada como símbolo de ancestralidade
Mais do que um prato, a feijoada na Homenagem à Negra Ginga é ritual, memória e território de resistência. Na tradição afro-brasileira, o alimento é ponte entre o sagrado e o humano — forma de agradecer, de celebrar e de manter viva a história dos que vieram antes. É a celebração da mulher que cozinha, dança e transforma o cotidiano em ato de fé. Celebrar Ginga é celebrar Nzinga — é lembrar que a Bahia é mulher, é negra, é ancestral.
O projeto Homenagem à Negra Ginga é uma realização da Ginga Buffet e Eventos, Produção da Água de Levante Produções, com Apoio do Amô Pelo Pelô, CCPI e Patrocínio do Governo do Estado da Bahia.
Serviço
O quê – Homenagem à Negra Ginga – com Grupo Bambeia, Romilson Pretão | Partido Popular, Orisun Agbárà e convidados
Quando – 15 de novembro de 2025, a partir das 13h
Local – Largo Tereza Batista – Pelourinho, Salvador (BA)