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Festival Internacional de Arte Negra “A Cena Tá Preta” na Bahia traz grupos de São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Moçambique

foto-matéria A cena tá preta2Redação Correio Nagô – Até o dia 18 de novembro, o Festival Internacional de Arte Negra “A Cena Tá Preta” vai promover a cultura afro-brasileira. Em sua 4ª edição e Organizado pelo Bando de Teatro Olodum, Teatro Vila Velha, em parceria com o Coletivo de Produtores Culturais do Subúrbio, o festival Cena Tá Preta busca “dar mais visibilidade à Cultura Afro, em comemoração ao mês da consciência negra”.

O Cena Tá Preta foi realizado pela primeira vez em 2003 com foco nas raízes afrodescendentes. Depois de um intervalo, voltou a acontecer em 2010 e 20122. Nesta edição, com atividades gratuitas e em diferente horários, o festival está sendo realizado em convênio com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR e com apoio financeiro do Fundo de Cultura do Estado da Bahia – Através do edital de Eventos Calendarizados.

“Esta edição promoverá a troca de experiências entre os grupos participantes, sobre produção e criação dos espetáculos e abre espaço para mostras audiovisuais, musicais, cênicas e da literatura negra, oficinas, debates entre os artistas, público e convidados”, divulga o festival.

Na grade deste ano, estão presentes grupos da Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais, além dos representantes internacionais vindos de Moçambique.

“O festival começou na sexta feira com um grupo de cachoeira. Está sendo muito bacana por permitir que a gente conheça grupos de outros lugares do Brasil com relação a performance negra. Está tendo também diferentes palestras e o público jovem está participando bastante. Está servindo para reafirmar a cultura negra. É por isso que a cena tá preta porque tá bom demais”, ressalta ao Correio Nagô o ator do Bando de Teatro Olodum, Jorge Washington.

“O encerramento no dia 18 de novembro vai ser com Samba de Maria, grupo de Salvador, e o grupo samba de viola. Vamos reviver o carnaval de Maragojipe no Passeio Público e ainda vai ter uma feijoada”, anuncia o ator.

Atriz, diretora e produtora do Bando, Chica Carelli reforça a importância deste evento para a dramaturgia e a estética negra contemporânea. “São dois aspectos importantes que destaco deste Festival, a integração entre artistas negros locais, nacionais e internacionais e a oportunidade de propiciar discussões e mostrar à população sobre a cultura negra. Devemos à Bahia um Festival de arte negra, e de fato é missão do Bando de Teatro Olodum realizá-lo”, destaca.

Bando – Com 20 anos ininterruptos de atuação, o Bando de Teatro Olodum já faz parte da história do teatro baiano. Nascido no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, a companhia, formada por atores exclusivamente negros, é considerada a mais consolidada do atual cenário teatral baiano. É uma das poucas a manter um corpo estável, com elenco, diretores e técnicos. Em sua trajetória, o Bando construiu e consolidou uma dramaturgia e estética próprias, tendo o negro e sua tradição sociocultural como matéria-prima de seus espetáculos.

Link programação: http://www.bandodeteatroolodum.com.br/acenatapreta/2012/programacao

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