22/05/2018 | às 19h
No dia 5 de junho (terça-feira), o Goethe-Institut Salvador-Bahia promove três sessões gratuitas (18h, 19h30 e 21h) do filme “Frantz Fanon: Black Skin, White Mask”, do inglês Isaac Julien. A iniciativa busca contemplar o enorme grupo de pessoas que ficou de fora das sessões realizadas em 10 de maio, lotando duas salas do Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha. O cineasta inglês e seu parceiro Mark Nash, produtor da obra, estiveram na capital baiana entre abril e maio como residentes do Programa de Residência Artística Vila Sul do Goethe-Institut Salvador-Bahia. O filme tem legenda em português e os ingressos podem ser reservados por meio da plataforma Sympla, no endereço www.sympla.com.br/goethebahia.
Em 70 minutos, o documentário dramático reúne entrevistas, reconstruções e imagens de arquivo que contam a história da vida e da obra do altamente influente escritor anticolonialista Frantz Fanon, autor de “Black Skin, White Masks”. Fanon também foi aclamado por escrever “The Wretched of the Earth” e por sua atuação profissional como médico psiquiatra na Argélia durante sua guerra de independência com a França.
“O ímpeto para o projeto do filme foi restaurar nos discursos acadêmicos e artísticos um reconhecimento tanto da originalidade quanto da natureza contraditória deste grande pensador. Foi inicialmente concebido como uma reflexão sobre o renascimento do interesse pelas ideias de Fanon nas artes visuais e performáticas negras”, explica Isaac Julien, uma das mais proeminentes figuras da interseção entre artes mediais e cinema da atualidade, criador de instalações fílmicas e fotografias que incorporam diferentes disciplinas artísticas, pioneiro em instalações com telas múltiplas. Já indicado ao Prêmio Turner, organizado pela Tate Gallery, mais importante prêmio artístico do Reino Unido, que celebra produções de vanguarda de britânicos contemporâneos, foi também recentemente nomeado, no último mês de fevereiro, Comandante da Ordem do Império Britânico pelo Príncipe de Gales.
Curador independente, historiador de cinema, cineasta e escritor, Mark Nash colaborou com Isaac Julien em vários projetos. Como curador, participou de projetos, exposições, bienais e trienais de diversos locais do mundo, tendo trabalhado com nomes como Okwui Enwezor na Documenta11.
Da Redação do Correio Nagô.