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Final de semana é marcado por shows que reuniu duas gerações da música preta brasileira

No último final de semana, como desdobramento da série audiovisual “Cor do Som – Memórias da Música Negra”, Mauricio Pazz convidou Walmir Gil – fundador da aclamada Banda Mantiqueira e um dos mais notáveis trompetistas brasileiros -para uma série de apresentações que teve inicio na sexta- feira e findou no domingo.

Nesse projeto, transmitido pelo YouTube, os universos da canção e da música instrumental se entrelaçam em um potente encontro de gerações, guiadas por diversos sotaques das sonoridades afro-diaspóricas.

Para o repertório, dividido em três eixos intitulados “Memória”, “Movimento” e “Leveza”, faixas como “Para Bonga e Bogum”, “Sarau para Alforria” e “Aiai meu bem” estão entre os destaques. 

“Nas minhas pesquisas acadêmicas me deparei, várias vezes, com a escassez de registros disponíveis e acessíveis sobre a carreira de musicistas instrumentistas pretes. Quando esses artistas superam a barreira do anonimato, aparecem na condição de “gênios” cujo talento é quase sempre atribuído ao “instinto” que os guia arbitrariamente e não ao aprimoramento da técnica e de suas capacidades criativas de produção e execução. Inquietante, né? Foi aí que “Cor do Som” surgiu, como série documental. O objetivo é justamente valorizar e publicizar a trajetória da produção artística e intelectual de músicos negros que, por efeito do racismo, têm suas histórias apagadas, bem como sua produção pouco (re)conhecida. Depois do documentário, amplio essa reflexão com um espetáculo lindo, leve e de extrema importância”. 

Essa é uma realização do Programa de Ação Cultural Lei Aldir Blanc – PROAC LAB, edital 39/2020, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo

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