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Flores de Ébano: escrita de si como prática de liberdade

A obra trata de narrativas realizadas em primeira pessoa de ex escravizadas/os no continente americano. Gênero textual conhecido como slave narratives, consagrado nos EUA como uma das formas de luta durante o abolicionismo, Alexandra Lima da Silva, doutora em educação, oferece um amplo panorama de mulheres negras e homens negros que relataram a crueldade do sistema escravocrata, tanto nos Estados Unidos quanto em Cuba e no Brasil.

Outro mérito do livro é o cuidado em analisar a recepção dessas narrativas no Brasil em diferentes momentos da nossa história, como as suas contribuições para o fim da escravidão em jornais abolicionistas da época, durante o centenário da abolição e no debate das ações afirmativas no século XXI.

Além disso, a autora inclui em sua discussão a recepção do mercado editorial brasileiro para essas obras, assim como a importância de refletir sobre práticas pedagógicas para as escritas de si.

Com financiamento à pesquisa da FAPERJ e da CAPES, Flores de Ébano: escrita de si como prática de liberdade é um livro rico em documentos originais e ilustrações da época, retrata as fugas, a denúncia da violência, a força da fé, a importância da educação e da escrita, e o ativismo desses agentes. Com apresentação de Fernanda Felisberto, prefácio de Washington Dener dos Santos Cunha, texto de capa de Sara Soanirina Ohmer e ilustração de capa da própria autora, Flores de Ébano é a nova parceria da Kitabu Editora com Alexandra Lima da Silva, que, antes, com o pseudônimo Xandra Lia, lançou o infantojuvenil As rosas que o vento leva (2020).

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