O Quilombo dos Palmares, símbolo da resistência contra a escravidão de seres humanos, foi o maior e mais organizado quilombo de todos os tempos. Sua estrutura grandiosa sustentava-se num modelo de organização militar, política e social que colocava em xeque a base das relações de produção escravocrata. Palmares representava uma ameaça ao processo de exploração financiado pelas elites brasileiras em épocas de escravidão.
Palmares resistiu a diversas tentativas de destruição e a diversas expedições chefiadas pelos melhores estrategistas da coroa portuguesa. Em seu comando destacou-se figuras heroicas e emblemáticas como Ganga-Zumba, Acotirene, Dandara e Zumbi dos Palmares, atual herói nacional.
Apesar de toda a resistência, o Quilombo dos Palmares sucumbiu às investidas de Domingos Jorge Velho e em 1695 morre seu grande líder, Zumbi.
Hoje, a Serra da Barriga, onde supostamente localizava-se a sede administrativa de Palmares, é símbolo da luta de todos os alagoanos e brasileiros que almejam uma sociedade sem desigualdades sociais.
Desde a sua inauguração, em 2007, o Parque Memorial Quilombo dos Palmares na Serra da Barriga, município de União dos Palmares, padece de definições em seu gerenciamento e em seu planejamento estratégico. O que parecia ser a realização de um empreendimento do turismo-étnico e de elevação da autoestima do alagoano e de todo cidadão brasileiro se tornou um montante de madeiras apodrecidas e palhas secas e velhas.
A administração do Parque Memorial Quilombo dos Palmares é de responsabilidade da Fundação Cultural Palmares órgão ligado ao Ministério da Cultura. Mas, o que a Palmares tem feito para fomentar o turismo no Parque? Qual o modelo de gestão adotado pela Palmares? Quais os recursos a Fundação Palmares destina para a gestão do Parque?
Lamentavelmente a Fundação Palmares abandonou o Parque. A incompetência e a inoperância do órgão associada a arrogância e a prepotência dos que receberam cargos comissionados para gerir o órgão têm levado o maior símbolo da história brasileira ao descaso total, ao abandono completo. Enquanto isso, o movimento social negro em Alagoas e em todo o Brasil fica calado e se omite.
Em seu site, a FCP afirma que está programada uma reforma para o Parque, no entanto