Igbeyawo Feiras Afro reunirá serviços para casamento

No próximo sábado, dia 16, acontece a primeira edição da Igbeyawo Feiras Afro, no Idearium Rio Vermelho, em Salvador. O projeto é uma iniciativa da Igbeyawo, uma Startup que trabalha com afroempreendedorismo no setor de casamentos. Serão 30 expositores em atividades na área da moda, literatura, estética, música e cultura que vão movimentar e desenvolver o cenário do setor de casamentos na Bahia.

Na ocasião será entregue o prêmio Igbeyawo para artistas e militantes do povo negro. A música fica à cargo do Dj Raíz Selector, do projeto Drums Of The World, projeto do bloco afro Ilê Ayê e do Baile Socakuduro, na festa de encerramento.

O nome Feiras Afro remete a proposta do projeto que é itinerante e vai passar pelas principais capitais das cinco regiões do Brasil, mensalmente. E Salvador foi escolhida como sede para o lançamento devido à grande procura que exigia que o público interessado se deslocasse para cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. “Inicialmente seria um feira preta de casamentos afro para o que público e investidores baianos não precisassem sair daqui. E dessa maneira, despertar para o empreendedorismo local”, explica a idealizadora da Feiras, a socióloga e professora carioca Thaísa Barros.

Ainda segundo ela, que já realizava consultorias para casamentos gratuitamente na sua cidade natal, embora houvesse uma grande procura por esse tipo de serviço, as pessoas se assustavam quando a temática era a ancestralidade africana. “Para além do religioso a gente está falando de cultura negra. E como o projeto tem base na minha própria experiência, porque encontrei muita dificuldade quando resolvi casar com turbante ao invés de alisar os meus cabelos, ele tem a missão de afirmar e reconhecer a ascendência negra brasileira”, diz.

Thaísa conta que as feiras é uma maneira de divulgar seu projeto homônimo, o Igbayawo Casamentos Afro, um empreendimento do ‘setor 2,5’, denominação que significa estar entre o segundo setor (o privado) e o terceiro setor, das ONGS, com atividades que coadunam entre os ganhos pessoais e ações relevantes para a sociedade. “A ideia uniu as atividades que eu exercia, que é a consultoria para casamentos, ser mãe e a ‘militância de útero’ em causas raciais”, completa Thaísa.