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Carlos Moore apresenta autobiografia no Instituto Mídia Étnica

Etnólogo vai contar porque decidiu doar a renda do livro aos projetos desenvolvidos pelo Instituto

Carlos Moore_Ayeola

O etnólogo e cientista social, Carlos Moore, é presença confirmada na programação especial de 10 anos  do Instituto Mídia Étnica (IME) , que acontece no sábado (21), das 9h às 21h, no bairro do Dois de Julho, Centro de Salvador. Moore fará uma noite de autógrafos da autobiografia Pichón – Minha Vida e a Revolução Cubana, recentemente lançada. Na ocasião, o etnólogo contará aos presentes porque decidiu doar toda a renda da venda do livro aos projetos desenvolvidos pelo Instituto Mídia Étnica. Os exemplares estarão disponíveis para compra com preço especial.
Pichón – Minha Vida e a Revolução Cubana foi lançada fora do Brasil em 2008 (versão em inglês), e sua atual tradução para português é resultado da arrecadação através de uma campanha de crowdfunding, divulgada pelo Portal Correio Nagô, – portal de notícias do Instituto Mídia Étnica – que ultrapassou a meta estabelecida para a produção do livro.
Durante o lançamento do livro em Salvador, no Espaço Cultural Barroquinha, em setembro, o autor compartilhou aos presentes o duro processo que rememorar e reconstruir a sua história de vida. “Você tem que confessar a sua vida e foi unicamente assim que escrevi esse livro. Se tiver vergonha dos seus sentimentos você não pode escrever. Quando sentir medo, diga que sentiu  medo. Se foi violento, diga que foi violento”, contou o etnólogo  para o auditório lotado. Veja o video do lançamento.
A obra expõe momentos difíceis do seu processo de descoberta de identidade, na infância, na pequena cidade cubana onde nasceu, filho de imigrantes jamaicanos. Uma origem que ocupava o degrau mais baixo na escala racial de Cuba, a difícil vida de exílios gerado pelo ativismo racial até a sua chegada e permanência no Brasil, país que rendeu um capítulo especial na autobiografia de Moore. No entanto, se engana quem acredita que o ativista se arrepende de ter travado uma luta por um ideal.“Colocar sua vida em risco por uma ideia, um espírito de justiça. Sobrevivi a todas essas coisas por causa de amigos que se tornaram parte da minha família”, disse. Durante a atividade na Casa do Mídia Étnica, o livro Pichón – Minha Vida e a Revolução Cubana será vendido a preço promocional (só a dinheiro).
A agenda de atividades é parte das comemorações do aniversário do Instituto Mídia Étnica, uma organização criada em outubro de 2005, que realiza projetos para assegurar o direito humano à comunicação especialmente a comunidade afro-brasileira. Em 2005, o IME celebra dez anos ‘denegrindo’ a mídia, recheada de convidados durante o dia inteiro. É uma década desenvolvendo projetos em três frentes estratégicas: Comunicação (Portal Correio Nagô, TV Correio Nagô etc), Inovação (Afro Hacker, Oguntec – esse em parceria com Instituo Steve Biko, entre outros) e Empreendedorismo (Jovens Empreendedores Culturais – JEC, Emerge Salvador, Ujamaa e mais). A festa vai unir afroempreendedores, crianças, percussão, exibições de vídeos, hackers, performances musicais e performers, além de uma mostra dos diversos projetos desenvolvidos pelo IME.

Foto: Ayeola

 

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