Home » Revista » IV Caminhada da Pedra de Xangô – Pela Preservação de Uma História.

IV Caminhada da Pedra de Xangô – Pela Preservação de Uma História.

Por: Enderson Araújo

Segundo os nativos da região, na época em que os escravos fugiam para as matas de cajazeiras, a pedra tinha uma passagem submersa em água, que dava acesso a esses negros fugitivos a adentrar as matas, ou seja, servia como um portal .”

 

IV Caminhada da Pedra de Xangô – Pela Preservação de Uma História.Há 23 anos, na Av. Assis Valente (no bairro de Cajazeiras, em Salvador) onde está localizada a Pedra ou Otá de Xangô, em um determinado dia Mãe Iara foi fazer oferendas aos orixás e se surpreendeu com aquela enorme pedra no meio da mata, então foi buscar no jogo de Ifá quem respondia naquele Otá e teve a confirmação do Orixá Xangô. Nesse momento ela ainda não sabia da existência de quilombos naquela região.

Em 2005, quando a Avenida foi inaugurada a pedra ficou em evidência e se iniciou a especulação imobiliária naquela região. Assim, alguns terreiros de Cajazeiras se reuniram e criaram a Associação Pássaros das Águas que em 2010 resolveram entregar um Amalá em forma de procissão no segundo domingo de fevereiro, em prol da preservação da Pedra. Pois, existia, e ainda existe, o receio de que o Otá seja explodido em virtude especulação imobiliária.

Começou então a ser pleiteado o tombamento do Otá, como Patrimônio Cultural e Religioso. Em 2012 com a aproximação da historiadora Juliana Santos, foi possível iniciar uma pesquisa para comprovar a existência de um Quilombo por nome Orubu, na região de Cajazeiras e adjacências. Daí a importância da preservação do Otá como patrimônio cultural da Bahia, já que ele representa a história da população de Cajazeiras, bem como a história da Bahia, concebida através do processo de resistência negra à escravidão imposta “A nossa vontade de fato e efeito é tombar o Otá e seu entorno” Diz Mãe Iara de Oxum.

Historicamente em termos de documentação, ainda não foram encontradas fontes primárias que comprovem a existência da pedra naquele local que teria estado lá desde o século XIX, onde há vestígios que existia o Quilombo Orubu, na região de Cajazeiras. Contudo, as fontes orais, ou seja, as pessoas que moram na região a mais de

scroll to top