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Kannário propõe inclusão de “Políticas para Juventude Negra” no Estatuto da Juventude

O deputado federal Igor Kannário (PHS) apresentou mais cinco proposições à Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (28\03). Entre as propostas, o Projeto de Lei nº 1.843/2019, que acrescenta o capítulo “Políticas para Juventude Negra” no Estatuto da Juventude, Lei nº 12.852 de 5 de agosto de 2012.

De acordo com o projeto, a garantia da participação de jovens negros na elaboração de políticas públicas; a implementação de mecanismos institucionais para fortalecer educação, cultura e combater a violência; adoção de medidas para a promoção da igualdade racial; e o oferecimento de cursos profissionalizantes para comunidades negras e quilombolas devem fazer parte do Estatuto da Juventude.

O deputado Igor Kannário justifica a proposta respaldado pela Constituição Federal. “No Artigo 3º reconhece que um dos objetivos da República Federativa do Brasil é a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, cor, sexo, idade e quaisquer outras formas de discriminação. No entanto, dados demonstram que a população negra é mais vulnerável com a ausência de políticas públicas, principalmente em segmentos que combatam a desigualdade socioeconômica, além de instrumento institucional de eliminação do racismo e a discriminação étnico-racial”, afirma.

Controvérsias

A carreira de Igor Kannário no pagode baiano é marcada por muitas polêmicas, como prisões, acusações de apologia às drogas e relações com facções criminosas e seu inegável carisma e poder de atrações das massas, especialmente jovens das periferias de Salvador. Grande exemplo disso tem sido a passagem do trio sem cordas do cantor no Carnaval de Salvador, sendo já considerada a maior pipoca da folia. Não deixando, contudo, de gerar mais polêmicas, como os posicionamentos sobre a política e as instituições da segurança pública.

No artigo ‘A Arte Negra e a Branquitude de Igor Kannário’, publicado na Revista Afirmativa, a jornalista Alane Reis aprofunda a discussão sobre o lugar ocupado pelo artista (e agora política) nas relações raciais de Salvador:

“Quem canta e dança com o Kannário é uma legião de jovens negros que enfrentam as maiores dificuldades que esta sociedade pode gerar. Seus fãs, que ali se divertem, acumulam revoltas, traumas, cicatrizes marcadas pela negritude, e ali, seguem seu líder príncipe branco dos guetos negros, na performance contemporânea que mais assusta – durante o carnaval – a branquitude baiana moradora das tais ruas”, escreveu Alane Reis.

Leia texto completo no site da Revista Afirmativa: Clique aqui

Há alguns anos o portal Correio Nagô vem acompanhando a carreira de Igor Kannário. Em 2015, uma edição especial de Carnaval trazia um artigo da publicitária Luciane Reis, que tentava responder “Porque Igor Kannario não é bem-vindo no Carnaval de Salvador”. Leia o texto aqui

Da Redação

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