Redação Correio Nagô – Histórias de mais de duzentas yalorixás de Salvador, Região Metropolitana e Recôncavo. Este é o mote do livro “Mulheres de Axé” que será lançado neste domingo (17), às 16h30, no Teatro Castro Alves (TCA), no bairro do Campo Grande.
A publicação destaca o trabalho das lideranças femininas pela preservação da cultura negra e combate à intolerância religiosa. O evento acontece numa parceria entre secretarias estaduais de Cultura (Secult), Políticas para as Mulheres (SPM), Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Fundação Cultural Palmares e Coletivo de Entidades Negras (CEN).
A iniciativa reforça o conjunto de atividades do “Novembro Negro” na Bahia e das mobilizações do período denominado “16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência contra a Mulher”, dando expressiva visibilidade ao segmento feminino.
“É uma valorização pela história de luta, ações empreendedoras e de resistência das religiosas, fundamentais para manter viva a tradição do povo negro e das religiões de matrizes africanas”, definiu o historiador Marcos Rezende, que organizou a publicação.
No mesmo dia do lançamento, um documentário produzido com as religiosas será exibido a partir das 18hs, encerrando o encontro. Na sequência também será projetado o filme ‘Jardim das Folhas Sagradas’, do cineasta baiano Pola Ribeiro.
Publicação – Para a produção do ‘Mulheres de Axé’ foram mapeados terreiros das nações Bantu, Gêge e Nagô, com destaque para o perfil de liderança feminina comum à grande maioria destes espaços religiosos. O catálogo oferece um rico material de pesquisa para públicos diversos, a exemplo de pesquisadores, estudantes e cidadãos de um modo geral.
‘Mulheres de Axé’, que conta com imagens dos fotógrafos Fafá Araújo, Jean-Claude Aldonce e Sandro Bahia e programação visual de Jonas Santos, é uma realização do Coletivo de Entidades Negras (CEN) com apoio do Governo da Bahia, através de Casa Civil, SPM e SEPROMI.