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Mãe de Davi Fiúza recebe apoio da Anistia Internacional

Foto I Fernando Frazão

Foto I Fernando Frazão

Redação Correio Nagô

A Anistia Internacional (AI) vai levar o caso de jovens sumidos ou mortos para a Organização das Nações Unidas (ONU). A instituição não-governamental que defende os Direitos Humanos foi procurada na quinta-feira (05) por pais que estão em busca dos seus filhos mortos ou desaparecidos após contato com policiais.

Segundo entrevista cedida ao A Tarde, o assessor da Anistia Internacional, Alexandre Ciconello, escutou o depoimento de cinco mães, dentre elas, a mãe de Davi Fiuza, Rute Fiuza, e de um pai que aguardam uma resposta mais clara do Estado sobre a situação dos seus filhos. Segundo a irmã de Davi, Camila Fiúza, Rute foi procurar outros meios para a investigação do caso. “Minha mãe foi buscar novos caminhos, porque até agora a Polícia não deu nenhum parecer”, fala.

A Anistia lançou a campanha Ação Urgente que tem como objetivo “exigir das autoridades o início de uma investigação célere, meticulosa e independente sobre o que ocorreu com Davi Fiúza depois que ele foi apreendido durante uma operação militar, proteger Rute e sua família de ameaças feitas após denúncia e solicitar a proteção das pessoas envolvidas na apuração dos fatos”.

“Nós continuamos a ver jovens negros sendo assassinados, sequestrados ou desaparecidos, sem nenhum tipo de justiça para esses parentes. Há o caso do Davi Fiúza, que desapareceu há 40 dias, depois de uma abordagem da polícia, na qual há testemunhas de que ele foi sequestrado e colocado amarrado em um carro”, disse Ciconello.

Sobre a Bahia, o assessor da Anistia Internacional conta que há uma dificuldade por parte do Estado em tratar sobre assuntos que envolvem ações de policiais. “Os mecanismos de controle da atividade policial na Bahia são muito frágeis. A corregedoria acabou de arquivar o caso do Davi, com testemunhas dizendo que ele foi abordado pela Polícia Militar. É preciso haver mudanças estruturais nas duas polícias”, comentou.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) disse que as medidas sobre o caso Davi Fiúza estão sendo tomadas e afirma que os policiais que estavam de plantão no dia do desaparecimento do jovem estão sendo ouvidos.

 

 

 

 

 

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