A edição presencial da Mostra de Cinemas Africanos 2022 será realizada simultaneamente em São Paulo (SP), de 6 a 20 de julho, e Curitiba (PR), de 6 a 13 de julho. O evento reúne cerca de 50 títulos de 20 países africanos, com destaque para a produção feminina e filmes inéditos no Brasil, além de atividades paralelas como debates, masterclasses e painéis com a presença de convidados do continente.
A mostra traz ainda a exibição de curtas online para todo o Brasil, realizada pelo Sesc São Paulo. A programação circula por seis espaços da capital paulista – Cinesesc, Sesc Avenida Paulista, Goethe-Institut, Cinusp e Circuito Spcine (Sala Lima Barreto e Biblioteca Roberto Santos), com exibições de filmes e atividades paralelas. Os ingressos variam de entrada gratuita a R$ 24,00 a sessão. Mais informações no site mostradecinemasafricanos.com.
Entre os destaques deste ano estão o thriller sul-africano “Boa Senhora”, de Jenna Bass e Babalwa Baartman. Comentário sobre as relações raciais na África do Sul pós-apartheid, teve sua estreia premiada no Festival de Toronto e abre a programação da Mostra com a presença das realizadoras. “Sobre a Água” marca a estreia na direção da franco-senegalesa Aïssa Maïga, que vem à capital paulista para apresentar seu documentário. Nome de destaque no cinema francês, Aïssa acumula uma extensa carreira como atriz, roteirista e ativista. No filme, a cineasta registra os efeitos das mudanças climáticas e da globalização em uma aldeia do Níger.
Fazendo sua estreia mundial na Mostra de Cinemas Africanos, “Otiti”, da nigeriana Ema Edosio, segue a história de uma costureira que assume a responsabilidade de cuidar do pai doente que a abandonou quando criança. Ema também vem ao Brasil para apresentar uma masterclass sobre sua experiência como realizadora independente na Nigéria. Do Quênia, a comédia inédita “Contos da Cidade Acidental”, de Maimouna Jallow, mostra um eclético grupo que se reúne online para uma aula de controle de raiva.
“Nós”, de Alice Diop, é um documentário que foca em seis mulheres que transitam em uma ferrovia que cruza Paris, incluindo a própria cineasta. Ambientado na periferia da capital do Chade, o drama “Lingui”, de Mahamat-Saleh Haroun, acompanha a busca de uma mãe e sua filha de 15 anos condenadas pela religião e pela lei por buscarem uma clínica de aborto para a adolescente.
Ao todo serão apresentados 28 longas, 15 da seleção oficial da curadoria de Ana Camila Esteves e Beatriz Leal Riesco que serão exibidos no Cinesesc e 13 da programação alternativa no circuito Spcine, feita em parceria com o Instituto Francês. A programação também recupera títulos de outras edições e traz clássicos como “Samba Traoré” (Burkina Faso, 1992) e cópias restauradas de “Câmera da África” (Tunísia, 1983) e “Mandabi” (Senegal, 1968).
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