Lideranças de comunidades quilombolas e religiões de matriz africana abriram, nesta sexta (7), um ciclo de mobilizações de enfrentamento à violência praticada contra o público feminino. Na Casa do Benin, espaço símbolo da cultura negra em Salvador, elas realizaram o seminário “Obirim Orijá – Religiosas pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. As atividades estão sendo organizadas pela Associação Ginga de Negro e viabilizadas através de apoio da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres (SPM), que lançou edital recentemente, voltado a projetos na área.
Na próxima segunda (10), será iniciada a fase de rodas de conversa. “Escolhemos este público pela falta de oportunidade e violência atingem as mulheres de terreiros e quilombos, no cotidiano”, explicou Lindinalva de Paula, do Coletivo de Entidades Negras (CEN), parceira na iniciativa. A titular da SPM disse a intenção é envolver governos e esferas da sociedade organizada. “Não se trata de uma questão pequena, mas um problema crônico, que precisa ser enfrentado de frente”, afirmou, lembrando de dados do Ministério da Justiça que aponta as 50 cidades brasileiras com maiores taxas de homicídios femininos, onde a Bahia pontua significativamente.
Com informações da SPM