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Mulheres e homens gays negros são os que mais sofreram com o racismo no Carnaval

 

 

SEXO GRAFIC

As perguntas foram divididas entre os gêneros femininos e masculinos, no entanto, principalmente os homens, afirmaram a sua orientação sexual

Mulheres e homossexuais foram as maiores vítimas de racismo no Carnaval de Salvador, segundo dados do Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi). As informações são decorrentes das abordagens qualificadas dos 446 foliões distribuídos pelos circuitos da festa de Momo, entre  a quinta-feira (04) e terça-feira (09) de Carnaval.

Detalhadamente, a pesquisa revelou que entre vendedores ambulantes, cordeiros, turistas, seguranças e empresários que responderam os questionamentos, e autodeclarados negros, as questões de gênero e sexualidade estão nitidamente embutidas nos casos de discriminação racial. “Existe um racismo à brasileira, de não se falar sobre. E as abordagens trouxeram informações importante para desmistificar a questão racial na cidade”, conta o coordenador do Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa da Sepromi, Walmir França. O destaque nessa primeira experiência como estratégia personalizada, chamadas de abordagens qualificadas, é particularizar os perfis como estratégia de combate ao racismo.  “O interessante é que, principalmente os homens, afirmaram a sua orientação sexual. O que caracteriza que homens negros gays são os que mais sofrem com o racismo”, afirma França.

A estratégia a partir de agora visa atingir festas populares como a Micareta de Feira de Santana, a da Irmandade da Boa Morte, na cidade de Cachoeira e Bembé do Mercado em Santo Amaro, no Recôncavo Baiano na intenção de acumular informações mais atualizadas para combater o racismo em celebrações cuja a base é a matriz africana na cidade mais negra fora da África.  

Falando em racismo, não podemos deixar de falar do video da TV Pelourinho sobre Racismo no Carnaval de Salvador (2015), do ponto de vista da representação dos blocos afro na festa. Assista:


 

 

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