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Mulheres negras querem garantir políticas de comunicação na III Conapir

Por Angelica Basthi

Como estimular uma agenda para as mulheres e de promoção da igualdade racial nos meios de comunicação no Brasil? Como pensar as políticas de comunicação a partir de temas como convergência tecnológica, marco regulatório e universalidade de acesso? Qual a relação entre as políticas de comunicação, as mulheres negras e a III CONAPIR?

Para garantir respostas a essas e outras questões, um grupo de comunicadoras negras (jornalistas e ativistas da área de comunicação) das cinco regiões do país estão desde último domingo em Brasília.

Elas chegaram com o objetivo de sensibilizar os cerca de mil delegados\as da III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir), que ocorre de 5 a 7 de novembro, no Centro de Convenções Brasil 21. As integrantes entendem a comunicação como eixo estratégico a ser contemplado nas políticas da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e dos demais órgãos governamentais.

A ideia é solicitar o apoio das delegações para as estratégias políticas de comunicação debatidas durante uma reunião de mulheres negras ocorrida em São Paulo no mês de agosto. A meta, com base na plataforma de comunicação das mulheres negras, é fortalecer o debate que vem sendo construído pelos\as delegados\as nos estados.

“O regimento não permite criar propostas novas, mas sempre é possível agregar um termo ou um conceito”, afirma Nilza Iraci, presidenta do Geledés – Instituto da Mulher Negra e uma das articuladoras do encontro.

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Estratégias

O grupo fará várias ações para dialogar, sobretudo, com as propostas do GT 8 (Comunicação) do subtema 2, intitulado Políticas de Igualdade Racial: avanços e desafios, que integra o eixo Estratégias para o desenvolvimento e enfrentamento ao racismo. “Além disso, vamos fazer uma cobertura jornalística diferenciada do evento, buscando destacar como a questão das mulheres é abordada. Para isso, criamos uma página no Facebook e no Twitter para garantir uma maior visibilização”, explica Mara Vidal, do Instituto Patrícia Galvão.

Entre as instituições representadas no grupo presente em Brasília, estão: Pretas Candangas; Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT); SOS Corpo − Instituto Feminista para a Democracia, Coletivo Leila Diniz / Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB); Instituto Negra do Ceará (Inegra) / Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB); Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA); Instituto Flores de Dan; Cunhã − Coletivo Feminista; o Núcleo de Jornalistas Afro-Brasileiros do Rio Grande do Sul e as Comissões de Jornalistas de Igualdade Racial de Alagoas, do Distrito Federal, do Rio de Janeiro e de São Paulo (COJIRA AL, DF, RJ e SP), vinculados aos Sindicatos dos Jornalistas dos respectivos estados.

Esta ação conta com a parceria do Fundo de Igualdade de Gênero da ONU Mulheres (FIG) edo Fórum Permanente de Igualdade Racial (FOPIR/Fundação Ford).

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