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Museu Itinerante do Videogame proporciona viagem de 43 anos na história dos jogos

Nostalgia e deslumbramento são dois dos sentimentos visíveis nos rostos de crianças, jovens e adultos que vão ao Museu Itinerante do Videogame, montado no Salvador Shopping, na avenida Tancredo Neves, em Salvador, até amanhã (05/08). A exposição mergulha em 43 anos de história do setor de games mundial e apresenta consoles de ‘dinossauros’, como Magnavox Odyssey, o primeiro videogame produzido nos Estados Unidos, em 1972,  ao Playstation 4 e o Xbox One, modelos mais modernos do mercado. A exposição é gratuita e fica aberta das 9h às 22h.

Para Esdras Serrano, um dos organizadores da exposição, o Museu é uma forma de desmistificar o preconceito em relação aos jogos e valorizar um dos setores que mais crescem atualmente. “A gente luta contra a ideia de que game é jogo de azar no Brasil. O país é o quarto maior consumidor de videogame no mundo, uma indústria que rende cerca de 81 bilhões por ano. Mais que cinema e música juntos”, conta. Esdras explica também que a atividade de jogar simboliza o encontro de gerações, quando pais e filhos se reúnem na sala de casa para competir. “Semana passada recebemos a visita de um avô com seu neto. Eles estavam jogando Telejogo, o primeiro videogame fabricado no Brasil. Ele [o avô] contou que presenteou seu filho com o jogo quando criança e, agora, estava apresentado ao neto. A gente se sente realizado com essas histórias”, lembra Serrano.

Tecnologia, games e robótica são parte de um dos braços de inclusão social do Instituto Mídia Étnica, que não poderia ficar de fora dessa oportunidade. Por isso, proporcionou aos alunos do projeto Afro Hacker e aos adolescentes do Programa de Estímulo à Ciência para Jovens Negros e Negras, o Oguntec – parceria com o Instituto Steve Biko -, uma visita ao Museu guiada pelos educadores Cristiane Paula, Geilson Souza e Gustavo Lisboa.

O educador Geilson Souza contou ao Portal Correio Nagô que a excursão favorece a interação dos estudantes com outros jovens, sociabiliza a prática do game e promove educação fora da sala de aula. “Os jogos sempre foram vistos apenas como entretenimento. Porém sempre defendi o uso do videogame como ferramenta de educação. Assim, trabalhamos de forma lúdica, assuntos do currículo para que o estudante aprenda fora da rigidez de um regimento escolar”, afirma Geilson, responsável pelo projeto Afro Hacker do Instituto Mídia Étnica.

A trajetória dos jogos faz parte da história de cada um, como a rememoração da época vivida pelo integrante do projeto Afro Hacker, Flávio Pacheco. “Adoro jogos e poder conhecer tantas épocas diferentes é uma experiência única. Eu que gosto dos ‘das antigas’. Mas para mim, o melhor de tudo foi a nostalgia dos pais mostrando aos filhos o que eles jogavam quando crianças. E todo mundo voltando a ser criança sem se importar com a idade”, disse Flávio, que ainda sugeriu a manutenção da exposição até o Dia dos Pais, próximo domingo (8). “Poderia ter o fechamento com a competição entre pais e filhos”, opinou.

Fabiana Guia, da Redação do Correio Nagô

 

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