Presidente venezuelano também anunciou a realização de diversas homenagens a Hugo Chávez nesta quinta-feira
Caracas – “Querem ver o povo na rua, bom, vão ver o povo na rua”, afirmou o presidente interino da Venezuela durante um ato eleitoral no Estado de Lara, na quarta-feira (10). Nicolás Maduro se referia ao evento de encerramento de sua campanha, marcado para esta tarde em Caracas, para o qual convocou três milhões de venezuelanos.
O candidato do chavismo já havia feito um chamado para que a população enchesse “sete avenidas de ponta a ponta” em memória ao encerramento da campanha de Hugo Chávez na capital, que culminou com sua reeleição em outubro do ano passado. Sob uma tempestade, Chávez falou para mais de um milhão de pessoas.
A data da marcha de apoio a Maduro em Caracas coincide com o 11º aniversário do golpe de Estado contra Chávez. Na ocasião, uma aliança entre parte das Forças Armadas, empresários e os principais meios de comunicação privados do país empreendeu uma tentativa de quebra da ordem constitucional, revertida por militares leais a Chávez e por seus apoiadores.
Referindo-se ao golpe de 2002, Maduro afirmou em um dos atos de sua campanha que, na ocasião, “mais uma vez enganaram o povo”. “Puseram a culpa no comandante Chávez para justificar um golpe de Estado. Essa é a verdade histórica”, disse, complementando que neste dia “se cometeu uma emboscada contra a história, o povo e o comandante Chávez”.
O presidente interino afirmou ainda que todas as unidades militares do país realizarão homenagens a Chávez nesta quinta-feira. Segundo ele, a recomendação para o ministro da Defesa foi que a data seja lembrada “e que se explique para até o último soldado da pátria as causas do golpe, como aconteceu, quem o deu e como as Forças Armadas e o povo derrotamos o golpe de Estado”.
Maduro também pediu aos venezuelanos que ficassem atentos, alegando que “uma emboscada contra a Venezuela está sendo preparada”. Nos últimos dias, o governo vem realizando diversas denúncias acerca de planos da oposição para gerar uma desestabilização durante a jornada eleitoral, por meio de supostas