A VII Caminhada da Rainha Nzinga acontece neste sábado (25), a partir das 9h, saindo do Centro Social Urbano e indo até o Largo das Baianas, em Amaralina.
Cerca de 150 alunos do Núcleo de Extensão da Escola de Dança da Funceb irão participar do cortejo, como convidados a fazer parte da Ala de abertura.
Nzingas Tropicalista é o tema deste ano em alusão ao movimento cultural também revolucionário que completa 50 anos.
A confecção das coroas das rainhas foi feita pelas crianças e seus pais”, conta a professora no Núcleo do Nordeste de Amaralina Tereza Oliveira.
No ano passado, com o tema Eco Mulher – a mulher preservando o ecossistema, a Caminhada reuniu cerca de 700 pessoas.
Muitos participantes utilizaram pintura facial e corporal, numa menção ao costume de Nzinga, que muitas vezes adotou esta estratégia como símbolo de luta e resistência frente aos colonizadores portugueses.
RAINHA NZINGA
Angolana Nzinga, guerreira, estrategista política e militar, que foi uma líder carismática, passou a vida combatendo e morreu sem nunca ter sido capturada.
“Quem é Nzinga? Quem foi esta rainha? São questões apresentadas para estes jovens que freqüentam a Escola de Dança da Funceb no Centro Social urbano.
Outros temas também abordados no CSU estão relacionados ao direito das crianças negras e à saúde das mulheres negras com um trabalho relacionado com dança, arte, cultura e educação.
“Trabalhamos a contextualização para que as crianças saibam que uma mulher negra, em 1800, conseguiu lutar contra a escravidão imposta por reis poderosos e brancos, portugueses. Estas mulheres tomam parte da história”, afirma a dançarina e mestre em educação no núcleo do Nordeste de Amaralina Tereza Oliveira.
A ideia é construir o sentimento de pertencimento à comunidade, a partir destes personagens que fizeram história, mas que não constam nos livros escolares.
FANFARRAS E APLAUSOS
O cortejo conta com bandas percussivas e de fanfarra, além do som de berimbaus e de grupos de capoeira.
A Caminhada, uma iniciativa coordenada pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (Justiça Social), sai de Amaralina, segue pela Avenida Manoel Dias e arranca aplausos de quem se posiciona para assistir a passagem. O encerramento no Largo das Baianas, em Amaralina é marcado pela integração de todos participantes.
Fundada em 1984, a Escola de Dança faz parte do Centro de Formação em Artes (CFA), da Fundação Cultural do estado da Bahia (FUNCEB), entidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA).
Da redação.