Apesar de reiterar seu apoio pela legalidade do comércio de armas de fogo, o presidente destacou que “todos têm o direito de viver”
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira (16/01) 23 medidas para endurecer o controle sobre o comércio e a utilização de armas no país, como resposta ao massacre em uma escola primária na cidade de Newtown, em dezembro, quando morreram 20 crianças e oito adultos.
Entre as ações anunciadas pelo presidente estão a proibição de venda de rifles de assalto, a exigência de comprovação de antecedentes criminais para todas as vendas e o aumento da cobertura médica em saúde mental.
Ao anunciar tais medidas, Obama argumentou que a queda nos índices de violência “não deve ser um assunto que divida” os norte-americanos.
“Farei tudo o que estiver nas minhas mãos para conseguir isso [diminuição das mortes por armas de foto]. Mas a única forma de concretizar essa mudança é se o povo americano se unir e exigir”, afirmou.
Além disso, o presidente norte-americano restringirá o acesso aos carregadores de alta capacidade, eliminará as balas perfuradoras e pedirá aos estados que compartilhem em nível federal suas bases de dados sobre antecedentes criminais.
Ainda assim, Obama reiterou seu apoio à Segunda Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que prevê o direito ao porte armas. “Junto com nossa liberdade de viver nossas vidas vem a obrigação de permitir os outros que façam o mesmo”, declarou.
O plano anunciado por Obama também reforçará a segurança em escolas e colégios, oferecerá fundos para a contratação de cerca de mil conselheiros pedagógicos e psicológicos e a atualização de planos de emergência.
As medidas foram elaboradas após as contribuições realizadas por uma equipe de trabalho liderada pelo vice-presidente Joseph Biden, que se reuniu com membros da sociedade civil, funcionários de segurança e membros do setor educativo.
Por último, as ordens executivas de Obama incluem aumentar os recursos orçamentários para facilitar o acesso à saúde mental de estudantes e jovens, através da formação de cinco mil profissionais médicos específicos.
Fonte: Opera Mundi