Redação Correio Nagô – Orientação sexual e a cor das vítimas, além da motivação e arma empregada no crime, passaram a constar “obrigatoriamente”, desde terça-feira (24), nos sistemas de registro de ocorrências, que dispõem de campos específicos para este fim.
A informação foi divulgada pela assessoria da Secretaria de Segurança da Bahia (SSP-BA). Segundo a SSP, servidores policiais já estão sendo orientados a solicitar respostas para estes quesitos.
“A iniciativa de exigir detalhes sobre características das vítimas na hora do registro de ocorrências é fruto do compromisso firmado entre a pasta e grupos organizados de minorias, com o objetivo de aprimorar o sistema de estatísticas policial”, divulgou a SSP.
De acordo com o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, as informações também servirão de base para alimentar o banco de dados sobre delitos como homofobia e preconceitos em geral e ampliar subsídios que ajudem nas investigações.
“Mantivemos um amplo diálogo com representantes de diversos grupos sociais, através da Superintendência de Prevenção à Violência (Sprev), com o objetivo de ouvir a demanda das minorias e aprimorar o sistema de segurança pública”, afirmou, esclarecendo que as pessoas que não quiserem declarar a orientação sexual no momento do registro, terão o campo obrigatório do sistema preenchido como não informado.