Floripes era pobre, negro e homossexual. Marcou a vida de Salvador dos anos 60 aos 80 e é considerada a primeira travesti assumida da capital baiana. Transitava pela Baixa dos Sapateiros, Rua Chile, Barroquinha, Ladeira da Montanha, Feira de São Joaquim, nas missas das grandes igrejas e terreiros de candomblé da cidade. Era conhecida como “a alegria da cidade”.

Uma das “lendas urbanas” personagens do espetáculo “A Mulher de Roxo e Outras Histórias da Bahia”, em cartaz nos dias 2 e 9 de abril (sábados), no do Espaço Cultural Casa 14, no Pelourinho, às 19h30.
A peça, escrita e dirigida pelo professor, psicólogo e diretor de teatro Adson Brito do Velho, coloca em cena a história da Bahia contada a partir das personalidades que marcaram e marcam época, se transformando em verdadeiras lendas urbanas de Salvador.
O espetáculo tem ainda como personagens a Mulher de Roxo, Irmã Dulce, Clarindo Silva, Amilton, o tratorista e João Estanislau da Silva Lisboa, “o propósito é despertar e um novo olhar de pertencimento, pela nossa rica historiografia baiana”,afirma Adson Brito.