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População negra cresce em todos os setores da economia, diz instituto

shutterstock_129634604Redação Correio Nagô – O segmento negro da população ocupada cresceu em todos os setores da atividade econômica. A informação é da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

No Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, o número total de negros cresceu 8,4%; na Construção, 7,8%; nos Serviços, 6,3%; e na Indústria de transformação, 4,3%.

Os não-negros, por sua vez, reduziram seu contingente em todos os segmentos da estrutura setorial da ocupação: na Indústria de transformação, 25,6%; no Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, 17,8%; e nos Serviços, 5,5%. O número de não-negros na amostra da Construção não comportou a desagregação.

Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana de Salvador (PED-RMS), realizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan), em parceria com o Dieese, Seade e Setre.

A criação de 70 mil novas ocupações na Região Metropolitana de Salvador (RMS) em 2012 representou um crescimento de 4,9% em relação a 2011, beneficiando particularmente à população negra da RMS.

O aumento do emprego foi especialmente intenso na Construção (8,3% ou 11 mil postos), nos Serviços (5,0% ou 43 mil), no Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (4,9% ou 13 mil) e, em menor proporção, na Indústria de transformação (1,4% ou 2 mil postos).

Entre todos os setores de atividade econômica, o único que reduziu a importância relativa na estrutura ocupacional da RMS foi o a indústria de transformação. A participação do comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas permaneceu estável e o setor de serviços e a construção ampliaram levemente as suas participações.

Entre 2011 e 2012, a presença dos não-negros na indústria diminuiu (9,4% para 7,7%) assim como a dos negros (9,0% para 8,8%). Dentre os negros, a importância do emprego na indústria diminuiu apenas para os homens (12,2% para 11,8%), permanecendo estável para as mulheres (5,1%).

O Comércio elevou sua participação na estrutura ocupacional dos negros (18,8% para 19,1%) e diminuiu, sobremaneira, entre os não-negros (21,2% para 19,2%). O setor de serviços diminuiu a importância na estrutura ocupacional dos negros, refletindo o decréscimo ocorrido entre as mulheres negras (74,1% para 73,5%), pois entre os homens negros houve discreto aumento (47,5% para 47,8%). Para os não-negros, aumentou bastante a participação do setor de serviços, tanto para os homens (54,1% para 56,9%) quanto para as mulheres (70,9% para 73,0%).

*Com informações da assessoria da SEI

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