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Portal Correio Nagô comemora uma década fazendo “informação do seu jeito”

01/11/2018 | às 22h40

Mais antigo portal étnico de notícias da Bahia, o Correio Nagô mantém suas atividades ininterruptas desde 2008

 

Criado a partir da inquietação de jovens comunicadores, incomodados com a ausência de negrxs na mídia, o Portal Correio Nagô nasceu com um grande propósito: contrapor as narrativas da mídia hegemônica criando um site de notícias com a cara, conteúdo e escrito pelo povo negro.  O projeto deu certo e já são dez anos de atividades ininterruptas de produção de conteúdo genuíno, que serão celebrados no dia 07 de novembro, a partir das 18h, na Sala Walter da Silveira, nos Barris.

A programação inclui uma Conferência sobre Imprensa Negra no Brasil  com a Pós Drª em História Ana Flávia Magalhães Pinto, professora-ativista negra da Universidade de Brasília que desenvolve pesquisas com ênfase na atuação político-cultural de pensadores/as negros/as, imprensa negra, abolicionismos e experiências de liberdade e cidadania negras no período escravista e no pós-abolição no Brasil e em outros pontos da Diáspora Africana. 

Além da conferência, a solenidade contará com apresentação musical do bloco Afro Muzenza e da cantora Nêssa.  

História

“O Portal Correio Nagô é o veículo de comunicação do Instituto Mídia Étnica, que dialoga com a comunidade negra, pautando as suas questões e eventos ha 10 anos”, destaca Luciane Neves, diretora Executiva do Instituto Mídia Étnica.

O surgimento do Portal Correio Nagô está diretamente e fundamentalmente ligado à criação do Instituto Mídia Étnica (IME).  “Começamos com participação nas ações dos movimentos negros, prestando assessoria, divulgando os eventos do movimento. No entanto,  percebemos que não adiantaria só reclamar da ausência dos negrxs nos meios tradicionais. Foi quando entendemos a necessidade de criar a nossa própria mídia”, lembra André Luís Santana, coordenador do Portal Correio Nagô e diretor de Comunicação do Instituto Mídia Étnica.

No começo, ainda em 2006, o Correio Nagô era um blog que utilizava as principais ferramentas tecnológicas do período, mas foi em 2008 que se tornou potência em notícias com a criação do Portal com conteúdo multimídia: textos, fotos e vídeos, ‘uma novidade na época, sobretudo para um veículo com recorte racial. O IME já era uma organização pioneira no uso de redes sociais como nas redes sociais Facebook e Twitter, pontua Santana.

Cobertura Multimídia

“Um grande diferencial do Portal Correio Nagô é o audiovisual, pois a tradição oral sempre foi uma marca forte do nosso povo, e nas lentes da TV Correio Nagô é possível ver e ouvir os nossos semelhantes, além de revelar ações com um olhar consciente”, pontua Rosalvo Neto,  diretor da Tv Correio Nagô.

Protagonista, a TV Correio Nagô sempre esteve presente nos registros (com a nossa perspectiva) das principais atividades do nosso povo como carnaval, caminhadas da consciêncianegra e eventos que não são registrados pela mídia hegemônica.

Foram produzidos materiais exclusivos como a Cerimônia em Memória de Abdias do Nascimento, na Serra da Barriga, em Alagoas; A visita à Bahia do cineasta norte-americano Spike Lee, de Julius Garvei e da atriz Tichina Arnold (seriado Todo Mundo Odeia o Cris).

“Hoje transmitindo ações em tempo real, possibilitamos a interatividade imediata com o público que tem interesse em conhecer de verdade a nossa cultura. Todo esse conteúdo é possível ser acessado no nosso canal no Youtube TV Correio Nagô”, lembra Neto.

 

Equipe

A redação do Portal Correio Nagô está localizada no mesmo prédio do IME, na Rua Areal de Baixo, 06, no bairro do Dois de Julho no Centro de Salvador, e conta com uma equipe de três pessoas: Donminique Azevedo – jornalista e editora-chefe do portal e os estagiários de jornalismo Ashley Malia e Marcelo Ricardo. Já a TV Correio Nagô é composta por: Rosalvo Neto – diretor e roteirista; Sérgio Sacramento – dir. técnico, Jaguaraci Aragão – produtora; Sabrina Bispo – apresentadora e os estagiários: Emile Brito e Giovanni Barbosa.

“Atuar no Correio Nagô tem sido uma experiência potente. Sabemos que uma mídia que lance olhares humanizados sobre as agendas e demandas da comunidade negra é uma necessidade que se impõe há séculos. Continuamos enfrentando o racismo por meio da comunicação social e o Correio Nagô tem sido, há 10 anos, uma dessas frentes de resistência”, destaca Donminique Azevedo, editora chefe do Correio Nagô.

 

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Da Redação do Correio Nagô

 

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