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Aliança polêmica e denúncias contra Cartes marcam fim de campanha no Paraguai — Rede Brasil Atual

Candidatos não podem mais fazer eventos eleitorais a partir desta sexta-feira; paraguaios vão às urnas no domingo

Assunção – No último dia de campanha para a eleição deste domingo (21), dois fatos dominaram os discursos dos principais candidatos à Presidência do Paraguai. Horacio Cartes, do Partido Colorado, criticou a polêmica aliança de última hora entre Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA) e Unace (do ex-general Lino Oviedo, morto em fevereiro deste ano), enquanto o liberal Efraín Alegre destacou as “manchas no passado” de seu adversário.

Ao subir no palco de seu comício na noite de quinta-feira (18), Alegre usou a estratégia de lembrar diversas vezes das denúncias que pesam contra Cartes. Preso no final da década de 1980 por evasão de divisas, o empresário colorado também é investigado por contrabando de cigarros e vínculos com o tráfico internacional de drogas.

“O povo sabe onde está a máfia e onde está o Paraguai decente”, discursou Alegre em evento realizado perto do porto de Assunção, atrás do Palácio de los López. A fala foi interrompida em algumas oportunidades por seus simpatizantes, aos gritos de “Alegre sim, outro não”, “Alegre, te digo, a mudança está contigo” e “se sente, se sente, Alegre presidente”.

Questionado sobre tais acusações nas últimas semanas, Cartes se esquiva do tema e argumenta que prefere fazer uma campanha de propostas, o que tem gerado efeitos positivos no eleitorado. “Cartes não tem maldade no coração. Não fica acusando os outros, como Alegre faz com ele”, afirmou a Opera Mundi o comerciante Gustavo Ramírez.

A aliança entre PLRA e Unace, por sua vez, tem tido interpretações diferentes em cada um dos lados. Alegre busca mostrar a todo tempo que é o candidato de união nacional, por ser o representante de uma coalizão que reúne diferentes propostas (Oviedo, por exemplo, que deu origem à Unace, fez parte do Partido Colorado).

Já Cartes argumenta que será beneficiado pelo acordo eleitoreiro, anunciado há menos de duas semanas. “Penso que os oviedistas estão muito desiludidos e como um tsunami passarão a votar nos colorados”, disse em entrevista à rádio 1000. A Unace costuma obter votos principalmente da

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