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Onde ficar: brasileiros desenvolvem plataforma de hospedagem para a comunidade negra

Escolher onde ficar é uma das maiores dificuldades para quem pretende viajar buscando se reconectar com referências culturais da população negra.

Atentos a essa demanda, um grupo de brasileiros decidiu desenvolver a plataforma de hospedagem Diáspora Black.

A rede conecta pessoas dispostas a hospedar e viajantes interessados em compartilhar hospedagem e vivências sobre a herança e a contribuição dos povos africanos na construção social das mais diversas cidades.

Lançada em dezembro, em São Paulo, a plataforma já possui demandas em cidades de dez países, como França, Itália, EUA, Espanha, Nigéria, Inglaterra, Peru, México e Bolívia, além do Brasil.

diaspora black

Em fase de testes, a Diáspora Black promove a intermediação da rede de viajantes e anfitriões, em diferentes modalidades de hospedagem. Há possibilidade do aluguel por temporada, como forma de movimentar a economia dentro da comunidade.

Há também opções gratuitas ou mediante trocas e contrapartidas simbólicas, com o objetivo de conectar pessoas com valores e referências identitárias comuns, dispostas a compartilhar seu espaço de pertencimento e vivências na cultura negra.  

ACOLHA ESTA INICIATIVA

Para concluir a fase de testes da rede e permitir o desenvolvimento de outros serviços na plataforma, a Diáspora Black busca recursos via financiamento coletivo.

 Os valores para financiamento variam de R$ 15 a R$ 1000, e serão devolvidos caso as metas não sejam alcançadas. Em contrapartida, os colaboradores podem receber diárias em imóveis já cadastrados e participar de oficinas temáticas sobre racismo, diáspora, cultura e filosofia africana. A campanha de financiamento está no ar até março.

VIAJE NESTA IDEIA

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Antonio Pita, um dos colaboradores

Além de conectar viajantes e anfitriões, a Diáspora Black também permitirá a produção de conteúdos relacionados à cultura, história e memória das populações negras em cada cidade. Podendo colaborar com textos, imagens e vídeos.

“É uma forma de valorizar as produções, o olhar e o saber de cada comunidade, ao mesmo tempo em que difunde o conhecimento sobre a participação de nossos ancestrais na construção social e histórica de cada lugar. Isso inspira outras pessoas a viajar e a reconhecer a trajetória da população negra, fortalecendo suas identidades”, afirma um dos colaboradores da rede, o jornalista Antonio Pita.

A plataforma também tem planos de realizar oficinas de capacitação aos anfitriões, foca em princípios e valores da tradição africana, como acolhida, coletividade, respeito e igualdade.

Outro projeto da empresa é fomentar o acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade social, como imigrantes refugiados, por exemplo.

Joyce Melo é repórter do Portal Correio Nagô

 

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