A partir de 29 de setembro, a criadora de conteúdo e integrante do canal Desimpedidos, Bianca Santos; o jornalista esportivo, André Hernan; o idealizador do Reexistência LAB (que incentiva o desenvolvimento de pretos, mulheres e pessoas LGBTQIA+), jornalista e consultor de produtos do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, Elton de Castro; e o criador e diretor executivo do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, Marcelo Carvalho terão uma nova missão. As quatro personalidades formam o time do podcast “Na Raça”, que em cinco episódios especiais e quinzenais transmitidos via Spotify e Youtube, e demais plataformas de áudio, com cortes nas redes sociais da NWB, abordará o papel dado aos pretos e pretas durante a história do maior e mais importante campeonato de futebol do mundo, em seus mais variados aspectos.
De desafios à cultura, de ofensas à glória, o bate papo caminhará entre os mais variados aspectos do passado, presente e futuro e apontará as lacunas e desigualdades presentes no campeonato, sempre com a premissa de trazer uma mensagem importante sobre caminhos e inclusão.
O primeiro episódio, intitulado “Pega a Visão”, traz um bate papo com alguns fatos históricos que mostram a criação de estigmas que sociedade criou nos jogadores negros e que são carregados até hoje. O segundo chama a atenção para o fato de que teremos o principal evento de futebol do mundo durante o dia em que é celebrada a Consciência Negra no Brasil e conduz uma reflexão sobre o impacto que terá nos movimentos antirracistas ou o papel do negro no campeonato.
“Música Preta” é o tema do terceiro encontro e relembra as canções que embalaram os campeonatos passados e a importância da música preta para o esporte. Já no quarto e no quinto, o time constrói uma narrativa em torno da linha do tempo da participação de pretos e pretas no torneio e também da volta da representatividade da camisa do Brasil.
O projeto integra a campanha antirracismo iniciada pela NWB, Content Tech integrante do Grupo SBF (que conta com a Centauro, a Fisia, a OneFan, a X3M e o FitDance) e que forma a maior rede digital de esportes do Brasil com seis canais proprietários – Desimpedidos, Acelerados, Passa a Bola, Camisa 21, André Hernan e Corrida na Veia – e mais de 600 criadores afiliados.
Ciente do seu papel e responsabilidade no mercado da influência e da criação de conteúdo que fomenta a paixão pelo esporte, a empresa encomendou uma pesquisa sobre o tema ao Observatório de Discriminação Racial no Futebol. Segundo o relatório anual que faz referência a casos de racismo acontecidos dentro do País ou com jogadores brasileiros atuando no exterior, o esporte brasileiro registrou 158 casos de discriminação e preconceito em 2021, sendo 124 casos ligados apenas ao futebol. O número representa quase o dobro (97,5% a mais) do registrado em 2020. Do total, 124 envolveram futebol. E, destes, 74 se relacionam à discriminação racial, 25 à LGBTfobia, 15 de machismo e dez de xenofobia.
Além do produto de áudio, a campanha se desdobra também em uma série de outras ações. Internamente foi construída e disseminada uma cartilha exclusiva sobre letramento racial para que todo o time envolvido com produção de conteúdo esteja apto a embarcar a diversidade nas histórias contadas.
Nele, são abordados assuntos como ‘o que é racismo?’, racismo recreativo disfarçado de humor, racismo estrutural dentro do esporte, a criminalização da prática e caminhos de acolhimento para vítimas e de ação para denunciar qualquer episódio.
Já com base nos resultados e nos insights da pesquisa, quatro canais originais NWB (Desimpedidos, André Hernan, Passa a Bola e Camisa 21) produzirão conteúdos proprietários com uma única hashtag #PorMaisRespeito até o campeonato. E, durante o maior evento de futebol do mundo, os afiliados da TEIA NWB continuarão a replicar essa mensagem.
E na Supercopa Desimpedidos, o campeonato de futebol mais esperado e divertido da internet, que reúne mais de 100 criadores de conteúdo, celebridades e atletas, entrou em campo com os uniformes contendo a comunicação visual da ação de antirracismo.
“Ainda que em 2021 as arenas esportivas tenham ficado vazias por causa das restrições impostas pela pandemia – assim como boa parte de 2020 – o crescimento do índice de discriminação e preconceito coincide com o aumento de casos registrados desde 2016. Ou seja, ele acontece não apenas entre as quatro linhas, mas também na arquibancada. E, em um mundo cada vez mais conectado e digital, chega também ao ambiente online. Por isso é importante usar esse canal e essa mídia para vai convocar a sociedade a entender que casos de racismo vão além da tolerância, mas entender a humanidade das pessoas”, enfaiza Marcelo de Carvalho, diretor executivo do Observatório da Discriminação Racial no Futebol.