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Quilombolas denunciam violação dos direitos no Encontro Unitário


O Quilombo Rio dos Macacos tem sofrido violações dos seus direitos cotidianamente. São ações ou omissões praticadas pelo Estado brasileiro. Helicópteros da Marinha sobrevoam na madrugada e moradores afirmam serem vitimas do envenenamento

Nesta segunda-feira, 20, primeiro dia do I Encontro Unitário de Trabalhadores e trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e da Floresta, os Quilombolas Rio dos Macacos uniram forças com movimentos do campo contra a opressão e pela tão sonhada titularização das terras remanescentes de quilombos. O Encontro é composto por um público diverso de todo o país. São 7 mil pessoas presentes na atividade, constituindo um marco na história das Organizações do Campo, pois após 51 anos do I Congresso Camponês, traz o caráter de ineditismo, pela presença de novos grupos do campo.

Quilombolas denunciam violação dos direitos no Encontro Unitário
Ao expressar sua indignação com atrocidade do Governo Brasileiro ao omitir sua responsabilidade de Estado, a liderança quilombola Rosimeire Santos de Oliveira do Quilombo Rio dos Macacos na Bahia, ressaltou os antigos lamentos e pedidos de socorro devido ao clima de guerra que vivem os moradores de umas das comunidades mais antigas de remanescentes de quilombolas do Brasil, localizada no município de Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador.
“Sou quilombola, pescadora e trabalhadora rural, contudo sou analfabeta e não posso pescar, plantar, nem tão pouco trabalhar em minhas terras. Tudo isso ‘agradeço’ aos Governos que há tempos, nos persegue por meio da Marinha de Guerra do Brasil”, fala Rosimeire.
Representando as Organizações Quilombolas de todo o Brasil, o coordenador da CONAQ, Denildo Rodrigues lembrou que as políticas quilombolas têm retrocedido e que o Estado Brasileiro, em sua ação ou omissão contribui para o massacre sistêmico do Povo Negro do campo.
“As principais violações são praticadas pelo próprio Estado, uma vez que se omite, quando não intitula. Ou quando utiliza a sua estrutura para retirar os quilombolas de suas terras, um exemplo direto disso é o Quilombo Rio dos Macacos.” Denildo ainda atentou sobre os inclusos e a lentidão da justiça brasileira sobre as políticas públicas quilombolas. “Atualmente tem em torno de 12 decretos de desapropriação parados na Casa Civil”, comenta.
De acordo com

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