Redação Correio Nagô
A Cultura Viva, campanha que tem como objetivo combater o racismo no Carnaval, foi anunciada ontem (09/02) pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi). “É bom ter uma campanha que conscientize as pessoas, porque ninguém nasce racista, mas existe todo um processo histórico, que reproduz isso de geração em geração. Esta ação nos remete ao que temos que preservar, mas também transformar, porque a cultura vai se reformulando, se repaginando”, disse o presidente do Fórum de Entidades Negras da Bahia, Walmir França, em texto divulgado pela Sepromi.
Publicações da campanha serão distribuídas na rodoviária, aeroporto, porto, circuitos de bairro e em pontos estratégicos dos circuitos carnavalescos, em todo o período da festa. De acordo com informações divulgadas para o Correio Nagô, a Sepromi vai estimular, através do Facebook, a relação com o público. “Queremos que pessoas que apoiam a nossa causa se manifestem”, informa. A secretaria de Promoção da Igualdade Racial, Vera Lúcia Barbosa, enfatiza a necessidade de valorização da cultura afro no Carnaval. “Precisamos preservar a raiz do Carnaval, pois foi graças à cultura e resistência do povo negro que essa festa bonita, grande e popular tomou a dimensão no mundo”. Ela também fez um pedido de paz, para que “todos possam curtir a festa nos próximos dias, respeitando a diversidade e, sobretudo, a diferença de cor e raça”, disse.
Atendimento a vítimas de racismo – O folião vítima de racismo poderá fazer a denúncia no Centro Nelson Mandela, que funcionará neste período no Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra, localizado na Ladeira do Passo, Pelourinho, de quinta a sábado, das 18h às 22 horas, e domingo, das 14 às 22h. O registro de vitimados, grupo LGBT e/ou injúrias raciais, pode ser feito, presencialmente ou online, no Observatório da Discriminação Racial e LGBT, que fica na Avenida Carlos Gomes. No Carnaval, o órgão funcionará 24 horas, a partir desta sexta- feira, 13 de fevereiro.