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Racismo em campo vira rotina

Foto I Reuters

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Redação Correio Nagô

Jogadores da seleção brasileira da categoria sub-20 são insultados de “macaco” na partida contra a Argentina, que aconteceu ontem (01), em Montevidéu, Argentina. Câmaras da TV SPORT pegaram em flagrantes torcedores argentinos discriminando os atletas brasileiros. O atacante da equipe do Brasil, Marcos Guilherme, comentou a questão para a TV SPORT. “Ouvi sim. A gente fica triste pelo jogo, porque isso aí acontece mesmo. Ficou normal, hoje em dia. Ninguém tem mais respeito por ninguém. Não gosto nem de falar isso. Vamos focar no jogo”, falou.

Marcos ainda afirmou que não é a primeira vez que esta situação acontece com ele. O atacante afirmou para o UOL que foi chamado de “macaco” pelo jogador do Uruguai Facundo Castro, no jogo do dia 26/01. De acordo com informações do Globo Esporte (GE), o xingamento foi dito mais de uma vez.  “Cinco vezes o cara me chamou de macaco. Teve várias situações dessa no Brasil afora e hoje mais uma vez aconteceu. Ele me chamou de macaco cinco vezes, alguém tem que tomar uma atitude senão isso não vai parar nunca” – informou. Segundo o site, “a delegação não fez denúncias por falta de provas”.

Sobre o jogo Brasil X Uruguai, o técnico da seleção brasileira sub-20, Alexandre Gallo, comenta sobre a discriminação racial ocorrida nos campos de futebol. “Estamos cansados desta história. O camisa 7 (Castro) ficou o jogo todo chamando o Marcos Guilherme de macaco. Nós somos uma raça só, a pele não difere em nada, e sim o caráter. Isso não é bom para o futebol nem para competição. A Conmebol [Confederação Sul-Americana de Futebol] precisa tomar uma atitude séria”, disse para o GE.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) afirmou para a Folha de São Paulo que não tinha como punir o jogador Facundo Castro, porque não existiam provas suficientes que comprovassem a acusação. Em informação divulgada pelo jornal El Observador, os dirigentes do Uruguai disseram que não entenderam a denúncia, já que, em espanhol, macaco significa boneco.

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