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Remontagem do espetáculo Barrela retorna ao Espaço Cultural da Barroquinha

Com direção de Nathan Marreiro, a premiada montagem baiana volta ao Espaço Cultural da Barroquinha nos dias 22, 23 e 24 deste mês, terça a quinta-feira, às 16h. Os ingressos custam R$ 40 e R$ 20 (meia).

Com texto do renomado dramaturgo Plínio Marcos e direção de Nathan Marreiro, as apresentações serão seguidas de bate papo de 30 minutos com os atores  onde os espectadores poderão ampliar a reflexão acerca da temática abordada no espetáculo. 
 
A trama se passa dentro de uma cela, onde os presos Portuga (Ismael Marques), Bahia (Evaldo Macarrão), Tirica (Everton Machado), Fumaça (Zé Carlos Jr.), Louco (André Nunes) e  Bereco (Victor Kizza)  dividem seus dias, suas histórias, seus problemas, suas frustrações, o melhor e o pior de cada um. A tensão entre os companheiros de cela se intensifica depois da chegada do burguês apelidado de Garoto (Felipe Velozo). A trama conta ainda com a participação dos carcereiros interpretados pelos atores Daniel Calibam, Thor Medrado, Vinicius Nascimento, Raphael Ruvenal e o amigo do Garoto, Franklin Rocha.  

Segundo o diretor Natham Marreiro, mais que nunca, Barrela chega com um grande ímpeto de interação com o público, uma vez que a disposição do cenário muda radicalmente, deixando características originais para trás, como intervenções de multimídia e aposta mais no ator versos o público. Na mais pura essência do fazer teatral. “Deixamos um pouco de lado os acessórios de cenários e vamos trabalhar apenas com marcações e luz”, completa do diretor.
 
A peça traz uma dura e ampla reflexão sobre a realidade carcerária é nos faz pensar sobre valores humanos universais como o poder, a honra, a dignidade humana, a diferença, a homofobia e sobretudo a psiqué humana. Confrontar o público com uma obra tão contundente é, se não um alerta, mas também fundamental no processo de formação do indivíduo.
 
Ao longo das três temporadas, Barrela recebeu a visita de ilustres figuras do teatro baiano. “Este texto vai te deixar te pensando muito o que nos somos, principalmente em relação ao poder, quem somos nós que estamos fora do sistema carcerário, e quem somos nós que estamos lá dentro nessa briga de poder?”, opinou o ator Frank Menezes (O Corrupto). Para o diretor teatral Fernando Guerreiro, a direção do espetáculo faz um trabalho primoroso, tem um elenco afinado e um tema absolutamente contemporâneo e necessário.
 
No ano da estreia, Barrela foi indicado ao Prêmio Braskem e concorreu no Festival Ipitanga de Teatro – FIT 2006 na categoria Ator Coadjuvante, com Everton Machado (Gabriela, Compadre de Ogum) e também na categoria de Melhor Espetáculo, levando o de Ator Coadjuvante em ambos os prêmios. Além de Salvador, Barrela causou alvoroço e foi muito bem recebido no Festival de Teatro de Curitiba de 2009, tendo repercussão em toda imprensa baiana e principais veículos nacionais.
 
Da Redação.

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