Segunda edição da iniciativa acontece de 3 a 30 de novembro e traz o tema “Tempo: sentido das frestas que vazam”, com programação aberta ao público entre os dias 6 e 9, incluindo oficinas, conferências, rodas de conversa, exibição de filmes, set com DJ e distribuição de bolsas afirmativas.

Começou nesta segunda-feira (3), no Quilombo do Coqueiro Grande, bairro de Cajazeiras, em Salvador, a segunda edição da Residência Artística Audiovisual do Instituto Mulheres de Odum (iAMO). O programa segue até o dia 30 de novembro, reunindo profissionais do audiovisual do Brasil e da Diáspora Africana em um espaço de imersão criativa, formação e vivência ancestral.

Com o tema “Tempo: sentido das frestas que vazam”, a residência propõe uma escuta sensível sobre o tempo, que atravessa gerações, lugares e memórias. A proposta estimula o aprimoramento estético e narrativo de obras audiovisuais em ficção, animação e documentário, com foco em narrativas voltadas para a reparação histórica e a diversidade de perspectivas.

Entre os participantes estão profissionais do audiovisual brasileiros e estrangeiros de origem africana e/ou da Diáspora Africana, incluindo pessoas cis, LGBTs, negras, indígenas e pessoas com deficiência. Durante esse período, os residentes vivenciarão mentorias com especialistas do mercado, espaços de criação, hospedagem e um auxílio de R$ 2 mil para despesas pessoais.

“A residência é um gesto de continuidade, um movimento de escuta e criação coletiva que reafirma o compromisso do iAMO com a formação, que prioriza a participação de artistas negros/as e indígenas no audiovisual”, destaca Viviane Ferreira, diretora criativa e de parcerias estratégicas do Instituto.

Oficinas formativas, conferências, rodas de conversa e exibições abertas ao público

Além das atividades de imersão, a programação da residência inclui oito oficinas formativas e várias atividades abertas ao público entre os dias 6 e 9 de novembro, reunindo profissionais de destaque nacional e internacional do audiovisual. As formações abordam áreas como direção, roteiro, fotografia, direção de arte e produção executiva, e propõem um mergulho nas diversas etapas da criação audiovisual.

O iAMO também está sorteando bolsas afirmativas para cada um dos cursos e oficinas, reforçando seu compromisso com a democratização do acesso à formação e à produção audiovisual. Para participar, basta ler as instruções de participação e se inscrever no formulário disponível no Instagram @residenciamo.

Entre as oficinas confirmadas estão:

As oficinas e conferências são momentos de troca e partilha entre as/os residentes e o público, fortalecendo a conexão entre formação, prática e ancestralidade, pilares que orientam a atuação do Instituto.

Sobre o Instituto Mulheres de Odum (iAMO)O Instituto Mulheres de Odum

(iAMO) nasceu com o propósito de desenvolver processos formativos, pesquisas artísticas e investigações estéticas voltados ao fortalecimento de artistas atuantes em movimentos audiovisuais de reparação histórica. Localizado na Comunidade Quilombola do Coqueiro Grande, em Salvador, o Instituto se orienta pelos princípios de ancestralidade, singularidade e vida em comunidade, consolidando-se como um espaço de excelência na formação criativa afro-diaspórica.

Sob direção criativa de Viviane Ferreira, conceituada cineasta brasileira, o iAMO reafirma o poder da arte como instrumento de transformação imagética do mundo, construindo caminhos de autonomia, pertencimento e liberdade por meio do audiovisual.