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Residência artística para artistas negres e indígenas lança campanha de financiamento coletivo para realização da 2ª edição

Com o objetivo de impulsionar a presença negra e indígena no futuro da arte contemporânea brasileira, afastando artistas de um possível apagamento, a residência Travessia chega para sua 2ª edição na Refazenda Rio Xopotó (Distrito de Desterro do Melo/MG) até 23 de agosto. Para a realização e subsídio dos artistas residentes, o projeto lançou uma campanha de financiamento coletivo para arrecadação de recursos que ficará disponível até atingir a meta através do site https://donate.welight.live/travessia.

(Mayara Amaral, uma das residentes da primeira edição do projeto / créditos: Hilreli)

Durante a temporada de um mês, seis artistas de diferentes regiões do país irão vivenciar e expandir no espaço da Refazenda Rio Xopotó. A residência oferece todo o material, alimentação e transporte, além de propor atividades como passeios locais, workshops e oficinas. O projeto é fundado e realizado pela escritora Aniké Pellegrini e sua mãe Patrícia Durães, produtora e pesquisadora de culturas alimentares que, juntas, foram inspiradas a fomentar o pensamento artístico e criativo de outras mulheres negras, proporcionando espaço, tempo e recursos. Essa edição, que agora se abre para artistas de todos os gêneros e sexualidades, é um passo de consolidação da residência após a realização frutífera da primeira em agosto de 2021. 

Com a expansão do projeto, o nome também mudou. A residência que antes levava o mesmo nome do espaço em que acontece, Refazenda Rio Xopotó, ganha corpo como Travessia – um projeto de facilitação para que artistas dissidentes possuam oportunidade de expressar-se. Matheus Gomes, gestor financeiro, também se junta ao time potente de produção.

O financiamento coletivo busca arrecadar R$ 40.000 que abrangerá não só os custos de cada residente, mas também a promoção de oficina artística com as crianças de Desterro do Melo, distrito que sedia a residência, e levar os artistas para cidades históricas vizinhas, como Tiradentes e Ouro Preto, polos históricos e culturais brasileiros. Além disso, os recursos possibilitam a remuneração da equipe de produção, que até então é voluntária.

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