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Respeitar a diversidade é melhor que quantificar excessos

Nesses últimos dias do mês de junho, duas polêmicas pipocaram nas redes sociais e dividiram opiniões sobre a questão da homossexualidade. A primeira foi a reação do público ao comercial da marca de perfumes O Boticário, para o Dia dos Namorados, que mostra casais gays e heterossexuais trocando presentes. A discussão sobre a peça comercial foi rapidamente substituída pela exibição da imagem de uma mulher crucificada na 19ª edição da Parada do Orgulho Gay de São Paulo. Gerando protestos e indignação.

“Desrespeitosa à sociedade e à família” foi a justificativa para a denúncia do comercial ao Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária (Conar). Mesmo com o processo, que leva 45 dias para ser julgado, a propaganda continua a ser veiculada e divide opiniões. Na página oficial da marca, os elogios à iniciativa superam as críticas, mesmo após a companha deflagrada por grupos religiosos no site YouTube que incentivava as pessoas a não curtirem o filme (superada pelas curtidas em apenas 24 horas). Duras críticas também foram relegadas à transexual, Viviany Belenoni, que representou Jesus Cristo crucificado em cima de um trio elétrico, no desfile na Avenida Paulista, no último domingo, dia 07/06. Viviany alega que a cena é uma metáfora em referência às mortes e agressões contra a comunidade LGBT,Conar ‘crucificada’ pelos homofóbicos.

Dividir opinião não é problema e nunca será. O mais importante é levantar o discurso sobre uma questão social que não avança e, para além disso, ir contra o discurso de ódio proferido quando se qualifica apenas um padrão de família. Se há excessos ou não, cabe uma reflexão das atitudes e manifestações de bandeiras para se chegar ao ponto crucial: o respeito à liberdade de cada um. Longe de sonhar com o mundo ideal está a possibilidade de existir leis soberanas, isentas de afeições, paixões e parcialidades, para comportar os diferentes perfis que existem na nossa sociedade.

Fabiana Guia, da Redação do Correio Nagô

 

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