Home » Revista » Revista dos EUA para negras investe em eventos para aumentar receita

Revista dos EUA para negras investe em eventos para aumentar receita

Revista dos EUA para negras investe em eventos para aumentar receitaCori Murray, diretora de entretenimento da
‘Essence’ (Foto: Divulgação)

Em um nicho disputado por mais de 100 publicações voltadas a afro-americanos e com anuciantes muitas vezes sem disposição de anunciar apenas para o público negro, a estratégia da revista “Essence” é dividir o financiamento entre eventos culturais, publicidade e os 1,05 milhão de assinantes.

“Temos três eventos voltados a assinaturas: Black Women in Music (Mulheres Negras na Música), Black Women in Hollywood (Mulheres Negras em Hollywood) e o ‘Essence’ Music Festival. Eles ajudam a manter nosso lugar no topo de marca de mídia”, diz diretora de entretenimento da revista, Cori Murray, em entrevista, por e-mail, ao  G1 .

Apesar de ser uma publicação voltada a um nicho bem específico – mulheres negras da classe AA – a “Essence” é lida por 60% das mulheres negras do país, segundo Cori, alcançando 8 milhões de pessoas por mês.

Segundo a diretora, a promoção de eventos tem sido uma estratégia eficaz para manter essa fatia uma vez que, se por um lado, a revista reforça sua mensagem de empoderamento da comunidade negra americana e agrega poder à marca, por outro também consegue trazer receita ao negócio e garante a base de assinantes essencial para atrair a publicidade.

Os anúcios, segundo ela, vêm principalmente da área da beleza, com produtos ligados ao cuidado dos cabelos e da pele, perfumaria, unha e maquiagem. Em seguida vêm a indústria automoblística, da moda e farmacêutica.

Nicho de mercado
Ser uma revista de nicho, no entanto, também afasta as marcas que não querem se ligar a negros ou a classe a alta. “Há marcas e celebridades que não querem ser compartimentadas em uma revista AA. Eles veem seu produto como mais global ou “além do negro” e não querem aparecer na nossa revista”, afirma Cori, que participou da última edição da Feira Preta, em São Paulo.

Para ela, a vantagem deste tipo de revista é que a população negra pode se ver retratada. “Servimos a uma audiência que não se vê regularmente em meios impressos, TV ou filmes”, diz, citando que apenas duas das 40 revistas americanas voltadas

scroll to top