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Revista eletrônica Acho Digno faz lançamento de versão internacional em Salvador

Fruto dos desdobramentos do projeto Identidades Transatlânticas, será lançada a versão “Acho Digno Internacional / New York” nesta sexta-feira (25), no Instituto Mídia Étnica, a partir das 19h.  Haverá o pocket show da banda A Intêra. A entrada é franca.

O projeto Identidades Transatlânticas foi contemplado com apoio financeiro do Edital Mobilidade Artística 2016, da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), e teve como desdobramento  revista eletrônica Acho Digno que participou de uma residência artística de dois meses (agosto e setembro), em Nova Iorque, com o intuito de conhecer outras mídias negras e um pouco da cultura e arte dos distritos do Bronx, Harlem e Brooklyn.

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Os distritos escolhidos para serem temas da revista de número 10, ano 2 da Acho Digno, se justificam por se caracterizarem como centros culturais, com uma grande parcela de moradores negros nesses locais com tradições que se mantêm com o passar dos anos. São lugares marcados e conhecidos por sua arte, cultura e lutas negras. Distritos que são o berço de diversos talentos na área da música, do cinema e do teatro principalmente.

Na oportunidade, a jornalista paulista Cristiane Guterres, que esteve junto em Nova Iorque no festival AfroPunk e escreveu para essa edição, fará uma explanação dessa experiência. Para a editora da revista, Camila de Moraes, essa foi uma oportunidade única.

“No momento em que uma Secretaria de Cultura acredita e apoio um projeto de mídia negra e cultura digital, ela possibilita a nossa existência e permanência no cenário. Buscamos trabalhar em coletivo, então poder ir para Nova Iorque e respirar, sentir e ouvir outras experiências e poder colocar em prática na revista é fazer com que o correio nagô continue ecoando, é compartilhar conhecimento e introduzir em nossos leitores o pensamento de que a informação é poder e com posse disso podemos fazer tudo que queremos e chegar a todos os lugares”, ressalta.

Também irão participar do lançamento da revista a comunicadora e mestre em História Social, Maria Luiza Junior, que estava na cidade no período da residência artística do projeto Identidades Transatlânticas, e escreve sobre a igreja da Etiópia em Nova Iorque. Já a presença internacional, será da cineasta Falani Afrika, de Washington D.C., que faz parte da segunda edição Acho Digno/NY, falando sobre o seu documentário “Maestrina da Favela”, prevista para ser lançada no final do mês de dezembro.  

MERCADO EDITORIAL

O mercado editorial negro norte americano já está fortemente estabelecido e respeitado. Exemplos dessa afirmação são das revistas Essence e Ebony que juntas somam quase dois milhões de assinantes. Essas revistas entre outras como: The Grio, Black Voices, The Root, Clucth Magazine, continuam a oxigenar o pensamento do cidadão negro contemporâneo, pois tais publicações reforçam uma mensagem de empoderamento da comunidade negra norte americana.

A proposta da revista Acho Digno é poder continuar o diálogo entre as comunidades afro brasileira e afro estadunidense. A partir desses dados, é possível começar a analisar a importância dessas publicações, revistas destinadas ao público afro, para a criação de uma identidade com uma representatividade positiva que está preocupada em retratar esse indivíduo de forma digna.

 

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