Com uma das praias mais bonitas de Salvador, Tubarão, no Subúrbio Ferroviário, se prepara para ser uma das atrações turísticas da cidade com novos roteiros de experiências que valorizam a tradição e gastronomia local. A partir de setembro, os visitantes poderão realizar passeios guiados na região, com direito a visita e conversas com moradoras mais antigas, visita a pontos de belezas naturais, e também participar de oficinas de mariscagem.
No dia 11 de setembro acontece a primeira edição da Mariscagem em Tubarão, uma vivência a partir da prática milenar de catar marisco no território. A atividade era realizada por aldeias indígenas que ocupavam a região antes da chegada dos Portugueses, e ainda hoje é uma fonte de renda para muitas moradoras da região, no Subúrbio Ferroviário de Salvador.
Para catar o marisco, os participantes contam com orientação e apoio de marisqueiras da região, enquanto ouvem memórias, histórias e tradições locais, mediadas por moradoras(es) da comunidade. Após a mariscagem, os participantes também passeiam pela região e almoçam uma deliciosa moqueca de mariscos frescos, em um dos principais restaurantes da região, o Boteco da Mari.
Já no dia 17, o passeio Roteiro Ancestral de Tubarão convida os participantes a ouvir histórias dos moradores e percorrer as ruas e casas da região, para conhecer outros aspectos da cultura local, como o samba de roda, e os atrativos naturais.
Os passeios são voltados para turistas e baianos que querem mergulhar em casos e histórias pouco conhecidas de Salvador, e conhecer o legado da cultura negra e indígena no território. As atividades têm duração média de 5h e as inscrições podem ser feitas pelo link com ingressos a partir de R$ 100.
Os dois roteiros são desenvolvidos pelo Quilombo Aldeia Tubarão (Quial), uma organização sem fins lucrativos que promove experiências que celebram territórios e identidades culturais da Bahia, em parceria com a Diaspora.Black, startup que promove turismo de valorização da cultura negra no Brasil e em mais 15 países.
A proposta é celebrar os bens materiais e imateriais, as potências e o espírito criativo de cada comunidade, explica a idealizadora e condutora dos grupos, Natureza França. Ela acredita que a troca entre visitantes e a comunidade contribui para a manutenção, preservação e salvaguarda de suas memórias, tradições e expressões culturais.