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Sem punições severas, racismo continua em campo

Na semana passada, o volante Marcos Arouca da Silva, jogador do time do Palmeiras, foi vítima de racismo novamente. Segundo Arouca, um cidadão de nome Mallonne Morais publicou, via Twitter, uma mensagem chamando o volante de “preto safado”. O volante reagiu: “O preconceito é um mal silencioso, que visa afetar as pessoas, que mostra sua cara de maneira covarde (quando essa cara é mostrada)… independente de qual for: raça, religião, sexo, enfim”, publicou Arouca na rede social Facebook, no dia 12/03.

Internautas repudiaram o comentário feito por Mallonne. “Sou São Paulino e tenho muita admiração pelo seu comportamento como atleta e pessoa. Essas palavras racistas não podem e não vão nunca manchar sua carreira”, disse Marcelo Daminelli. No ano passado, o jogador, que defendia o clube do Santos, também sofreu esse mesmo tipo de preconceito.

Outros casos

Neste domingo, 15/03, durante o jogo do Internacional contra o Brasil de Pelotas, no Estádio Boca do Lobo, enquanto fazia o aquecimento para entrar em campo, o atacante do Inter, Vitinho, também sofreu ataques racistas. Segundo o jogador, ele foi chamado de ‘macaco’. “Me chamaram de tudo. De macaco … xingaram minha mãe… mas é normal. Isso ocorre sempre e ninguém toma providências”, disse Vitinho em entrevista à imprensa esportiva. Três semanas antes deste ocorrido, um membro da delegação colorada havia sido vítima de injúria racial: o segurança Érico Araújo. O incidente ocorreu no triunfo de 2 a 1 sobre o São Paulo-RS, no Estádio Aldo Dapuzzo, em Rio Grande-RS.

Outro caso que repercutiu com esta mesma situação foi o de Aranha. O ex-goleiro do Santos foi insultado duas vezes. Em agosto do ano passado, o jogador foi agredido de “macaco” por torcedores do Grêmio. Em janeiro deste ano, ao anunciar que, por falta de pagamento deixaria o clube santista, o atual jogador do Palmeiras recebeu mensagens que podem ser caracterizadas como preconceituosas.

“Aranha cagou na saída e já era, preto safado e sem mimimi. ‘Chamar o Aranha de macaco é ofender o pobre macaco! Tem preto que é pior do que macaco, inclusive esse aranha, goleiro lixo, e sem caráter!”’, mensagens, segundo o Estadão, publicadas por internauta.

Até quando o esporte nacional mais popular do Brasil vai conviver com tanto preconceito e racismo?

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