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SP: Semana Internacional de Direitos Humanos começa neste sábado

Festival acaba domingo (15) na área externa do auditório do Parque Ibirapuera, com show de Emicida, entre outros

Festival acaba domingo (15) na área externa do auditório do Parque Ibirapuera, com show de Emicida, entre outros

Evento terá shows de Emicida, Rael da Rima, Tulipa Ruiz, Marcia Castro, Ellen Oléria e Flora Matos, que sobem ao palco com participações de Baby do Brasil, Tom Zé e Caetano Veloso

A capital paulista realiza, a partir deste sábado (7), o primeiro Festival de Direitos Humanos Cidadania nas Ruas, como parte da celebração da semana Internacional de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). O evento, promovido pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, reúne atividades como shows, festivais, debates, oficinas culturais, teatro de rua, exibição de filmes, exposições – todas gratuitas.

A abertura do evento será às 15h, na Praça do Patriarca, no centro. A primeira atividade será uma roda de conversa com a cineasta Tata Amaral, sobre o projeto Rua!, que retrata em minidocumentários as muitas intervenções urbanas realizadas na cidade, como ocupações verdes, a luta pela Memória e a Verdade, o teatro de rua e o grafite. Os curtas vão ser exibidos durante todo o festival, em diversos pontos de São Paulo.

O secretário municipal de Direitos Humanos, Rogério Sottili, participará de várias atividades do festival. Para ele, o evento é o lugar para promover a reflexão e o debate sobre os direitos humanos e sobre como a cidade e a população devem lidar com isso. “Só se muda uma cultura de violação de direitos, como a que estamos vivendo atualmente, com mobilização social e ações que estimulem valores igualitários”, afirmou. Para ele, a atividade cultural tem um potencial imenso para mobilização da juventude e de grupos sociais distintos, o que favorece a ideia de diálogo do festival.

O coordenador do festival, William Nozaki, explica que as atividades ocorrerão em diversos lugares de São Paulo, incluindo o centro e as periferias, e congregarão diferentes entidades em sua organização. “A semana será um momento para discutir os temas e as pautas relacionadas aos direitos humanos e sua relação com o direito à cidade. Nós queremos pensar as formas de ocupação do espaço público como espaço de explicitação dos conflitos e proximidade entre os diferentes”, afirma.

Além da abertura, o cinema estará presente no festival com o 6º Festival de Curtas de Direitos Humanos – Entretodos, que será realizado entre segunda-feira (9) e sexta (13) em 40 pontos de cultura e educação por toda a cidade. Serão exibidos 34 curtas-metragens selecionados entre mais de 300 inscritos. Confira a programa completa e os locais de exibição no site do Entretodos 2013.

Durante o festival vai ocorrer a entrega do Prêmio de Educação em Direitos Humanos 2013. O prêmio será concedido para professores e escolas da rede pública em reconhecimento às iniciativas que fomentam uma cultura de direitos humanos na rede municipal de ensino. Este evento será na terça-feira (10), às 18h, no auditório do Ibirapuera, onde também haverá uma homenagem a Dom Paulo Evaristo Arns.

No mesmo dia também ocorrerá a intervenção urbana Lembrar é resistir! Memória, Verdade e Justiça, em frente ao prédio da 36ª Delegacia de Polícia Civil de São Paulo – onde ficava o antigo prédio do DOI-Codi, na rua Tutoia, 921, próximo à Avenida Paulista – com leitura de textos censurados e homenagem aos torturados pela ditadura.

Na quarta (11) haverá a atividade Mulheres nas Ruas: Cidadania se constrói com igualdade, com palestras e diálogos com militantes feministas sobre a situação da mulher nos espaços da cidade e seus direitos. O evento terá dois horários: das 9h às 13h, no Hospital do Jabaquara, na zona sul, e das 17h às 19h, no Terminal Parque D. Pedro, no centro.

Na quinta e sexta-feira (12 e 13), o Instituto Sou da Paz, a Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas e o Instituto Igarapé organizam o Seminário 10 anos do Estatuto do Desarmamento – Avanços e desafios para a redução dos homicídios no Brasil, onde serão divulgados estudos sobre a violência no Brasil e realizado um balanço sobre a eficiência da legislação anti-armas. No primeiro dia, o evento inicia às 14h e no segundo, às 9h, e será realizado na Escola de Direito da Faculdade Getúlio Vargas, na Bela Vista, região central da capital.

Na sexta-feira, às 14h, na Praça Roosevelt, centro da capital, vai ocorrer uma partida de futebol entre pessoas em situação de rua e guardas civis metropolitanos, com a utilização da metodologia ‘fútbol callejero’ (futebol de rua), surgida nas periferias da região metropolitana de Buenos Aires, em 1990. Para o coordenador nacional do Movimento da População de Rua, Anderson Miranda, o jogo é de grande importância “para romper o preconceito, lembrar que somos todos pessoas e que devemos nos respeitar”, afirmou.

Em espaços públicos nas periferias, vai ocorrer o Circuito Juventude nas Ruas. Haverá campeonatos esportivos, shows, batalha de MCs, grafite, skate, basquete de rua, oficina de pipas, xilogravura, cordel e dança de salão.

As atividades serão simultâneas, em regiões diferentes da cidade. A programação completa pode ser consultada na página da Secretaria de Direitos Humanos.

A Galeria Prestes Maia vai receber, durante todo o evento, a Exposição População de Rua, mostra de telas produzidas entre artistas plásticos, com pessoas em situação de rua, durante o diálogo entre a Secretaria de Direitos Humanos e a população de rua, realizado na Praça da Sé, neste ano. No mesmo lugar serão exibidas fotografias do primeiro albergue noturno da cidade de São Paulo, datadas de 1957.

O encerramento do festival vai contar com shows de Emicida, Rael da Rima, Tulipa Ruiz e Marcia Castro, que sobem ao palco junto com Baby do Brasil, Tom Zé e Caetano Veloso. A abertura será às 15h30, com a participação de Ellen Oléria e Flora Matos. O evento será na área externa do auditório do Parque do Ibirapuera, no domingo (15).

Fonte: Rede Brasil Atual

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